Palestra Early results from a Next-Generation Digital Breast Tomosynthesis System designed using Virtual Clinical Trials

 

Data: 08/11/2023
Horário: 09 horas
Local: Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL

Palestrante :

Prof. Andrew D. A. Maidment, Ph.D., FAAPM FSBI
University of Pennsylvania, Philadelphia – USA

Abstract:
In 2017, Dr. Maidment presented an early prototype of a next-generation digital breast tomosynthesis (DBT)
system being designed at the University of Pennsylvania. Today, the successor to that prototype is in clinical
trials. In this presentation, the design, validation, and preliminary clinical results of the system will be presented.
The system was designed using virtual clinical trials (VCTs) in which simulations of breast anatomy, image
acquisition, and image analysis were used to design a system that was optimized specifically to improve clinical
performance. This design was then built, and imaging performance was validated against the VCT simulation
through physics testing and physics simulations. Having passed this validation, we commenced two clinical trials.
The first is a clinical trial designed to demonstrate superiority of the system when compared to conventional
DBT systems. In the second trial, the system is being used in combination with a limited-angle breast PET
camera to produce high-resolution fused PET-DBT functional and anatomic images.

Speaker:
Prof. Andrew D. A. Maidment is an Associate Professor of Radiology at the University of Pennsylvania. Dr.
Maidment is certified by the American Board of Radiology in Diagnostic Physics, and serves as the Chief of the
Physics Section in the Department of Radiology for University of Pennsylvania Health System. He is also a
member of the Institute of Medicine and Engineering, University of Pennsylvania, and Co-Director of HHMI-
NIBIB Interfaces Scholars Program in Biomedical Imaging and Informational Sciences, University of
Pennsylvania. He holds a BASc in Engineering Science from the University of Toronto and a PhD in Medical
Biophysics from the University of Toronto. He has published more than 300 papers and book chapters, and is
world-renown for his
research in digital mammography, digital breast tomosynthesis, virtual clinical trials, and image metrology.

Apoio:
Laboratório de Visão Computacional – LAVI
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA E COMPUTAÇÃO – SEL – EESC / ÜSP

EESC abre a exposição “Patrimônio de São Carlos do Pinhal: Uma Homenagem” em comemoração ao aniversário da cidade

A partir desta quarta-feira, dia 25, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) recebe a exposição Patrimônio de São Carlos do Pinhal: Uma Homenagem, da artista plástica Maria Nascimento.

Pintadas a carvão, as obras retratam prédios e pontos importantes da cidade, os quais foram cuidadosamente selecionados pela artista, que possui uma forte ligação afetiva com São Carlos.

A abertura da mostra acontecerá às 18h, no Laboratório de Ensino do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação, com a palestra Empreendendo com Arte: construção de marca artística e proteção autoral de obra de arte, proferida também por Maria Nascimento, seguida de uma apresentação solo de violoncelo, de Nicole Moreno.

O evento é comemorativo aos 70 anos da EESC e também ao aniversário da cidade de São Carlos, que completa 166 anos no próximo dia 4 de novembro.

A exposição estará aberta ao público, de forma gratuita, até o dia 10 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, no Museu do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação – Campus I da USP São Carlos, podendo ser agendadas visitas guiadas com a artista neste período.

A EESC-USP e a Cidade de São Carlos possuem trajetórias entrelaçadas

A cidade foi fundada em 1857, durante o período de expansão da cultura do café. No início, sua economia se pautava pela agricultura e, na sequência, pela indústria de transformação. Em 1953, com a fundação da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, que alavancou a criação dos demais institutos da USP, a instalação da UFSCar e Embrapa, além de outras instituições de relevância para o ensino superior e pesquisa, a cidade passa a ser palco de empresas de base tecnológica e serviços de apoio. Com todo esse arranjo de formação especializada, científica e de desenvolvimento tecnológico que se seguiu, hoje, São Carlos é reconhecida como A Capital Nacional da Tecnologia.

Maria Nascimento

Maria Nascimento é potiguar, graduada em Química (UFRN), mestre em Ciências Farmacêuticas (UFPE) e doutoranda em biotecnologia RENORBIO UFRPE/ UFSCar. É artista visual, curadora e comerciante de obras cadastrada no IPHAN, escritora e ativista pela inclusão no combate à violência contra a mulher e nos direitos do Autista. Possui projetos de escrita criativa em parceria com o PACC/Letras/UFRJ e Universidade das Quebradas. Atua no desenvolvimento de software aplicado à descoberta de novos fármacos. Trabalhou na indústria Naval, é membro SOAMAR/ Marinha do Brasil e da Comissão Técnica de Ensino Superior CRQ-IV. A artista atua como desenhista e curadora há quase três décadas e suas obras contam com registro da plataforma HoodId de registros de autoria. Parte das obras da artista encontram-se em acervos públicos como a Marinha do Brasil e a USP.

SERVIÇO
ExposiçãoPatrimônio de São Carlos do Pinhal: Uma Homenagem
Artista: Maria Nascimento
Período: 25/10 a 14/11/2023
Local: Museu da Engenharia Elétrica – Prédio de Laboratórios de Ensino do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC-USP – Veja aqui a localização
Entrada gratuita
Visitas guiadas:
agendamento pelo e-mail: departamento.eletrica@eesc.usp.br
Além da EESC, a exposição deverá percorrer outros espaços da USP e da Cidade

 

Projeto VHF-Urbano destaca-se pela quantidade de parcerias com instituições de pesquisa

Iniciativa da Linha V do programa Rota 2030, coordenada pela Fundep, foi reconhecida pelo número de parcerias com instituições de pesquisa no ENACOOP

Em 22 de junho, o projeto “Desenvolvimento de veículo híbrido-flex VHF-Urbano” da Universidade de São Paulo – Campus São Carlos, recebeu o prêmio de iniciativa com maior número de parcerias com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICT’s) no âmbito da Linha V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão do programa Rota 2030, coordenada pela Fundep. O reconhecimento foi concedido durante o Encontro Nacional das Coordenadoras do Programa Rota 2030 (ENACOOP 2030), realizado pelo Senai em São Caetano do Sul (SP), com apoio da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

São oito ICTs envolvidas no projeto, sendo elas: Instituto Brasileiro de Eletrônica de Potência e Energias Renováveis (IBEPE), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade de Brasília (UnB), Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP-IEA), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP-POLI), Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Ponta Grossa (UTFPR-PG).

A Linha V direciona esforços para um dos grandes desafios da indústria automotiva brasileira: atender a demanda por tecnologias veiculares que entreguem maior eficiência energética, utilizem fontes de energia renováveis e sejam menos poluentes. E o projeto VHF-Urbano foi criado para essa finalidade.

De acordo com a coordenadora geral do projeto, professora Vilma Alves de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP) – Campus São Carlos, o foco é a construção de um veículo com alta eficiência energética e baixo custo, de acordo com as especificações estabelecidas para o sistema de propulsão com topologia série, contendo um chassi especialmente projetado visando garantir a proteção dos ocupantes nos casos de impacto frontal. Também é esperado fomentar PD&I na área de veículos híbridos-flex nas ICTs participantes em nível de pós-graduação.

“O projeto representa a consolidação de importantes parcerias e a troca de experiências entre os envolvidos. Essa sinergia fortalece a engenharia nacional no setor automotivo, fomentando inovações em áreas importantes, como projeto e controle de conversores de potência, modelagem da dinâmica veicular e trem de força para desenvolver novas propostas de controle mais eficientes e seguras para o veículo, gerenciamento de energia, acionamento e construção de máquinas elétricas”, afirma a coordenadora. Para ela, a premiação recebida na ENACOOP “é um estímulo e também um reconhecimento da importância de projetos multidisciplinares e estruturantes.”

Há etapas importantes para que o veículo criado alcance a eficiência proposta. A professora Vilma esclarece que já estão consolidadas as fases de construção e montagem do pack de baterias com sistema de gerenciamento e o projeto do conversor CC-CC para os subsistemas de tração e de geração de energia. O projeto teve início em 2021, a partir da Chamada Pública de PD&I 01/2021, e tem previsão para término em 2024.

Equipe multidisciplinar

A complexidade de tecnologias envolvidas na construção do veículo demandou o estabelecimento de diversos eixos de trabalho. De acordo com a professora Vilma Oliveira “Como o projeto tem caráter multidisciplinar, envolvemos uma equipe executora que reúne um conjunto de competências e experiências nas áreas de dinâmica e estrutura veicular, controle e automação, máquinas elétricas e eletrônica de potência”.

A analista de projetos da Fundep, Ana Luísa Lage, ressalta a relevância das parcerias para se alcançar o nível de inovação necessário à área de PD&I. “A academia tem experiência em pesquisa, as empresas têm experiência em mercado. A partir desta soma, nós conseguimos projetos de pesquisa com maior possibilidade de atender às demandas reais. O Brasil carece de interações como essa, em todas as áreas e entendemos que o Rota 2030, de uma forma geral, tem suprido essa necessidade para o setor automotivo”, diz.

Além das oito ICTs, o projeto conta com a colaboração de quatro instituições de apoio e oito empresas, totalizando 20 parceiros, atuando em conjunto para a construção de um veículo urbano híbrido-flex leve. A ETAS (Empowering Tomorrow’s Automotive Software), empresa do Grupo Bosch responsável pelo desenvolvimento de serviços, soluções e produtos que impulsionam o desenvolvimento da mobilidade, é uma das parceiras. O responsável pela área de Cibersegurança, Andre Pelisser, explica que a empresa colaborou com a iniciativa disponibilizando soluções de hardware e software utilizadas globalmente, além de disponibilizar ferramentas para a criação de arquitetura e configuração de sistemas embarcados, desenvolvimento de componentes de software, testes em ambiente virtual e medição, calibração e validação em laboratório e veículo.

A equipe técnica especializada também tem ministrado treinamentos aos integrantes do projeto. “Estamos em constante contato para fornecer apoio e suporte técnico contínuo no decorrer das atividades. Acreditamos que a colaboração fomenta, no Brasil, o uso de tecnologias e técnicas de desenvolvimento que são o estado da arte e, a um só tempo, incentiva discussões pertinentes para o contexto de nossa mobilidade urbana”, avalia Pelisser.

Outra parceira do projeto, a Semikron-Danfoss é líder global em tecnologia em eletrônica de potência e possui um vasto conhecimento e experiência na área de powertrains de veículos elétricos. Para se ter uma ideia, no final da década de 1990, a Semikron já produzia inversores para os primeiros veículos elétricos híbridos. A empresa tem fornecido protótipos conceituais dos stacks de potência necessários para o projeto, constituídos de módulos de IGBTs de última geração, sistema de arrefecimento térmico, componentes passivos, gate drives, sensores e outros componentes fundamentais associados, além de um excelente layout mecânico para o projeto.

Conforme explica o gerente de Desenvolvimento de Produtos (stacks), Fernando Romano, soluções como estas colaboram para utilização da energia de forma mais eficiente e sustentável, reduzindo significativamente as emissões gerais de CO2. “O programa tem sido fundamental para estabelecer essas parcerias. Precisamos aproveitar a vasta infraestrutura de P&D que o Brasil possui para alavancar o desenvolvimento de novas tecnologias com vistas na sua industrialização”, destaca.

Demanda nacional 

Um dos destaques do projeto, segundo Ana Luísa Lage, é a utilização do etanol como combustível, uma fonte de energia menos poluente e mais compatível com a oferta da matriz energética brasileira. “Em relação à competitividade, é importante para o setor ter uma tecnologia 100% nacional para veículos híbridos flex. Os modelos disponibilizados atualmente pelas montadoras empregam tecnologias importadas e muitos não são produzidos no Brasil. Um powertrain 100% brasileiro poderia trazer mais autonomia tecnológica para as indústrias nacionais”, avalia.

A analista da Fundep ressalta que o projeto VHF-Urbano também impacta outras iniciativas, como o projeto “Desenvolvimento de bateria para empilhadeiras elétricas com BMS otimizado integrado à sistema de gestão e telemetria”. Todo o estudo de baterias do VHF-Urbano é realizado por Cynthia Thamires da Silva, sócia do startup Hion Tecnologia e pesquisadora de pós-doutorado no projeto. “Estamos formando uma inteligência de mercado extremamente valiosa, que irá contribuir para aumentar a competitividade da indústria automotiva”, diz.

ENACOOP 2023

Durante a abertura do ENACOOP, a presidente de honra, Margarete Gandini, diretora do Departamento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica no Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), destacou a importância de se incentivar a cooperação e a colaboração entre as equipes, além de observar o que já foi feito para buscar entender como fazer melhor. “A ideia do Programa Rota 2030 foi construída em parceria, por meio do debate, da troca de ideais e das diferenças de pensamento. É assim que se constroem soluções inovadoras. A mensagem que quero deixar é para sempre buscarmos fazer a diferença, fazer mais, melhor e diferente. Neste momento de grandes transformações na indústria automotiva, não nos cabe mais pensar em fazer mais do mesmo. Temos o desafio do novo, mas, com equipes das instituições envolvidas bem engajadas vamos conseguir avançar.”

Uma grande preocupação em relação à política automotiva, conforme explicou Margarete, está em entender qual papel a indústria automotiva brasileira quer assumir. “Se queremos ser desenvolvedores, precisamos atuar de forma holística, buscando soluções junto à indústria para a mobilidade urbana, investindo em pesquisa e conectando a cadeia de fornecedores”. Para Ana Luísa, a interação de tantas empresas e ICTs na execução do projeto VHF-Urbano mostra que o desenvolvimento de inovações é relevante para o setor. “Para chegarem ao mercado, as tecnologias necessitam de uma vasta cadeia de fornecedores, e o projeto trouxe isso para a execução.”

O reconhecimento do projeto do VHF-Urbano, assim como de outros projetos no âmbito das Linhas IV, V e VI, todas coordenadas pela Fundep, gera grande impacto para toda a instituição. Do total de dez premiações, seis foram destinadas a projetos das Linhas IV e V. “Isso mostra que estamos fazendo um bom trabalho na condução das linhas e atendendo aos indicadores de impacto propostos pelo setor”, destaca Ana Luísa.

Para o coordenador técnico da Linha V do Rota 2030, e professor do Centro Universitário FEI, Ronaldo Gonçalves dos Santos, é muito importante o reconhecimento dos projetos, seja pelo número de participações, seja pelo aporte de recursos ou pelas publicações que propiciam. “É a comprovação de que estamos caminhando no rumo certo e obtendo realizações positivas. À medida que temos publicações científicas reconhecidas e com viabilidade técnica comprovada, ampliamos a contribuição e o potencial de mercado dos nossos projetos”, declarou.

SOBRE A LINHA V DO ROTA 2030

A Linha V – Biocombustíveis, Segurança Veicular e Propulsão Alternativa à Combustão tem como diretriz a eletrificação do powertrain veicular para a alta eficiência energética, a utilização de biocombustíveis para a geração de energia e a adequação do contexto brasileiro de infraestrutura de abastecimento.

A partir da aliança entre os principais atores que representam o conhecimento do setor (empresas, entidades representativas e Instituições de Ciência e Tecnologia – ICTs), serão habilitadas as competências necessárias para capacitar a cadeia automotiva.

A Fundep é a coordenadora da Linha V. A Coordenação técnica é da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Planejamento (SIPLA)

Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Planejamento (SIPLA): Software Livre para Aplicação na Área de Sistemas Elétricos de Potência

Com o Professor Daniel Barbosa – UFBA1

1 Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal da Bahia (2005), mestrado em Engenharia Elétrica [S. Carlos] pela Universidade de São Paulo (2007) e doutorado em Engenharia Elétrica [S. Carlos] pela Universidade de São Paulo (2010). Atualmente é professor da Universidade Salvador e professor adjunto da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Medição, Controle, Correção e Proteção de Sistemas Elétricos de Potência, atuando principalmente nos seguintes temas: atp, sistemas elétricos de potência, proteção diferencial, qualidade da energia elétrica e lógica fuzzy. – Email: dbarbosa@ufba.br

Dia : 25/05 Maio, 2023

Horário : 08:30h

Local: Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL


Sobre o tema abordado

Devido à vasta extensão do território nacional e ao fato do Brasil possuir seu Sistema de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica (STDEE) completamente interligado, conhecido como Sistema Interligado Nacional (SIN), a necessidade da realização de simulações computacionais através de softwares, desenvolvidos para a aplicação em estudos e planejamentos dos Sistema Elétrico de Potência (SEPs), tornou-se imprescindível para qualquer profissional e empresa do setor elétrico. Entretanto, o alto custo associado à utilização destes softwares, específicos para aplicações relacionadas ao estudo e planejamento do setor elétrico, torna-se uma barreira impeditiva para o crescimento e desenvolvimento do setor energético do país. Dentro desse contexto, o objetivo dessa pesquisa é desenvolver uma alternativa gratuita para a realização desses estudos por meio de uma interface gráfica que possibilite a utilização dos dados disponibilizados por meio do Banco de Dados Geográfico da Distribuidora (BDGD) da ANEEL. A aplicação permitirá a realização da análise do fluxo de carga em regime permanente, inclusive com a inserção de geração distribuída fotovoltaica, de curto-circuito e de proteção em sistemas de distribuição, tornando-se uma ferramenta para a análise comercial de projetos e para a formação profissional de futuros engenheiros.

 

 

 

 

História de ex-aluna da USP: a engenheira de software que desenvolve satélites no Inpe

Participe do evento dia 14 de abril, quando Maria de Fátima Mattiello Francisco revelará detalhes de sua trajetória desde a graduação em Ciências da Computação no ICMC até a atuação em projetos de desenvolvimento de nanossatélites e de engenharia de sistemas espaciais

As séries e filmes de televisão que consumimos podem ter grande influência em nossas escolhas. Para muitos, é a partir desses conteúdos que se conhece e tem acesso a conhecimentos diversos, alguns que podem até inspirar a futura profissão. Esse é o caso de Maria de Fátima Mattiello Francisco, a engenheira de software que escolheu trabalhar com pesquisas espaciais um pouco graças às séries televisivas sobre o tema.

Formada em Ciências de Computação pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, Fátima é, atualmente, coordenadora de ensino, pesquisa e extensão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além de atuar na Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia Espacial, curso oferecido pela instituição. A ex-aluna do ICMC já trabalhou em projetos de engenharia de sistemas espaciais, como especialista em sistemas de solo e conceito de operação de satélites, e também na verificação e validação de sistemas intensivos em software.

Coordenando projetos de desenvolvimento de nanossatélites no Inpe, em parceria com universidades brasileiras e estrangeiras, Fátima tem muitas histórias para contar e fará isso durante um evento, dia 14 de abril, a partir das 16 horas, no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano do ICMC. A iniciativa também será transmitida ao vivo pelo canal ICMC TV no YouTube.

O evento é parte do ciclo de palestras Alumni – Campus USP São Carlos… trajetórias que inspiram, que compõem a programação para celebrar os 70 anos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC). O ciclo tem o objetivo de motivar os atuais estudantes por meio de exemplos de sucesso profissional de ex-alunas e ex-alunos, além de estreitar laços entre as diferentes gerações de estudantes que passaram ou estão na USP.

Com periodicidade bimensal, a proposta envolve egressos das cinco unidades do campus da USP, em São Carlos, e o local de cada palestra é a unidade onde o estudante se formou. Com o tema O protagonismo do software na engenharia de satélites do Inpe, Fátima revelará, no dia 14 de abril, detalhes de sua trajetória desde a graduação no ICMC, e explicará por que a engenharia de satélites é, hoje, estreitamente ligada à área de desenvolvimento de software. O evento é coordenado pelo professor José Marcos Alves, da EESC, em parceria com a professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC.

Antes da palestra no ICMC, Fátima estará, na manhã de 14 de abril, com estudantes da escola estadual João Batista Gasparin, em São Carlos, para falar sobre As mulheres no espaço e nas carreiras relacionadas ao setor espacial.

Sobre o Inpe – Ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o Inpe foi criado em 1961 para realizar atividades e estudos desde a origem do Universo a aplicações da ciência, como nas questões de desflorestamento das matas. O instituto é um centro de referência internacional em pesquisas de ciências espaciais e atmosféricas, engenharia espacial, meteorologia, observação da Terra por imagens de satélite e estudos de mudanças climáticas.

São centenas de colaboradores que trabalham diariamente para expandir a capacidade científica e tecnológica do Brasil, muitos deles formados na USP em diferentes áreas e unidades de ensino e pesquisa. Fátima entrou no Inpe para fazer mestrado em Telecomunicações e Sistemas Espaciais, logo após se formar na USP em 1980. Inicialmente, seu trabalho no Inpe estava relacionado com a operação de satélites e controle, ficando muitos anos na divisão de sistemas de solo. No doutorado, enveredou para verificação e validação de sistemas espaciais intensivos em softwares. Para conhecer mais sobre essa história, basta acessar a reportagem Da USP São Carlos às pesquisas espaciais, a trajetória de quem desenvolve satélites, publicada pelo Jornal da USP.

Texto: Denise Casatti e Laura Gazana, da Assessoria de Comunicação do ICMC-USP

Com informações da EESC e do Jornal da USP

Mais informações

Sobre o ciclo de palestras Alumni – Campus USP São Carlos… trajetórias que inspiram:
http://www.saocarlos.usp.br/eesc-abre-ciclo-de-palestras-inspiradoras-com-profissionais-de-sucesso/
Leia a reportagem do Jornal da USP:
https://jornal.usp.br/universidade/da-usp-sao-carlos-as-pesquisas-espaciais-a-trajetoria-de-quem-desenvolve-satelites/

Dúvidas? Escreva para jma@sc.usp.br

EESC abre ciclo de palestras inspiradoras com profissionais de sucesso

EESC abre ciclo de palestras inspiradoras com profissionais de sucesso

No próximo dia 24, a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) realiza a palestra inaugural da série Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram.

O evento, que terá periodicidade bimensal, faz parte da programação da celebração dos 70 anos da Escola e tem como objetivo motivar os(as) atuais alunos(as) por meio de exemplos de sucesso profissional de ex-alunos(as), além de estreitar laços entre as diferentes gerações de estudantes que passaram pela instituição.

O primeiro palestrante dessa iniciativa será Elvio Lupo Jr, da tradicional família Lupo, de Araraquara, formado em Engenharia Civil pela EESC em 1976. Ele trará o tema Herança de Empresas Familiares, assunto que tem relação com a sua atividade profissional desde 2004. Foi quando o ex-aluno da universidade decidiu estender a experiência adquirida em 28 anos de carreira executiva (Reebok do Brasil, Umbro do Brasil, Kappa do Brasil) e passou a desenvolver a atividade de consultor especializado em empresas familiares, por meio de sua própria empresa de consultoria LEGARE, responsável por diversos projetos de implantação de estruturas de governança corporativa e familiar, elaboração de acordos de acionistas, protocolo de regras para o relacionamento família e empresa, planos de sucessão, preparação de herdeiros, etc.

Para além de sua experiência como consultor e executivo não só da Lupo, como de outras grandes marcas, Elvio Lupo Jr e família também atuaram com destaque em ações filantrópicas de bastante relevância, como a doação desde 1966 de uma área de 351 mil m² para o campus de Araraquara da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Case de sucesso, a história da centenária empresa é contada no livro “A Saga dos Lupo” (Ignacio de Loyola Brandão e Rodolpho Telarolli) e poderá ser ricamente compartilhada durante a palestra de Elvio.

A palestra inaugural poderá ser acompanhada presencialmente, às 15h do dia 24 de março, no Espaço Minerva (Anfiteatro Jorge Caron), assim como virtualmente, já que será transmitido no canal do YouTube da EESC.

“Trata-se de um grande nome para a abertura desse ciclo de palestras, vide sua trajetória profissional de muito sucesso e, certamente, bastante inspiradora para quem está trilhando sua carreira em nossos cursos. A expectativa é termos um bom público e motivar alunos de graduação e pós-graduação com os exemplos de sucesso de egressos do campus”, diz José Marcos Alves, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da EESC e idealizador do evento.

A proposta do Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram ! é envolver egressos das cinco unidades do campus, de forma que o local das palestras será a unidade onde o(a) estudante se formou. A segunda acontecerá em 14 de abril, com apresentação de Maria de Fátima Mattiello Francisco, ex-aluna do ICMC – USP, e trará o tema O protagonismo do Software na engenharia de satélites do INPE. Este evento deve ocorrer às 16h, no anfiteatro Fernão Stella de Rodrigues Germano (ICMC).

Serviço:

Evento “Alumni – Campus USP São Carlos … trajetórias que inspiram !
Palestra 1 | 24/3 – 15h
Eng. Elvio Lupo Jr. (ex-aluno EESC)
Tema: Herança de Empresas Familiares
Local (EESC): Anfiteatro Jorge Caron

Palestra 2 | 14/4 – 16
Maria de Fátima Mattiello Francisco (ex-aluna ICMC)
Tema: O protagonismo do SOFTWARE na engenharia de satélites do INPE
Local (ICMC): Anfiteatro Fernão Stella de Rodrigues Germano

Denis Dana, para a Assessoria de Comunicação da EESC-USP 

Professor da Universidade de Melbourne visita a EESC e realiza workshop

Professor da Universidade de Melbourne visita a EESC e realiza workshop

 

Com o objetivo de compartilhar experiências em sistemas elétricos de potência e estabelecer/iniciar parcerias, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP), por meio do CAPES-PRINT USP, recebe, entre os dias 3 e 11 de março, a visita do professor Luis Fernando Ochoa.

As principais atividades de Ochoa em São Carlos serão palestras sobre oportunidades de pesquisa com sua equipe, na Universidade de Melbourne (segunda-feira, 6 de março), e um workshop, além de conversar com pesquisadores sobre seus temas de interesse de pesquisa.

Workshop
Quantifying the DER Hosting Capacity of Distribution Networks: Models, Considerations and Tools

• Primeiro Dia: Quarta-feira, 8 de março, das 14 às 17 horas (Duração: 3 horas)
• Segundo Dia: Quinta-feira, 9 de março, das 9 às 12 horas (Duração: 3 horas)
Local: Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação

As inscrições devem ser feitas de 1º a 6 de março, neste formulário. Os inscritos também poderão assistir via YouTube.

Program

Distribution companies all over the world are finding challenging to quantify the ability of their existing low and medium-voltage networks to host residential Distributed Energy Resources (DERs), such as photovoltaic (PV) systems and electric vehicles (EVs). This quantification, known as Hosting Capacity, is also needed to assess different potential solutions that could increase DER uptake. Thus, it is crucial for distribution companies to carry out adequate DER hosting capacity quantifications using appropriate models, considerations, and tools.

In Day 1 of this workshop different aspects required to quantify the residential DER hosting capacity of distribution networks, particularly focusing on solar PV and EVs, will be presented and discussed. Using realistic case studies from urban and rural integrated MV-LV networks from Australia, this workshop will explain and demonstrate the benefits but also the potential challenges and limitations of exploiting existing assets as well as the capabilities of DERs. This tutorial will be divided into three parts:

• Part 1. Distribution Networks and DERs
• Part 2. PV Hosting Capacity (PV Inverters and Batteries). Related Project.
• Part 3. EV Hosting Capacity (EV Management and Time-of-Use Tariffs). Related Project.

In Day 2 of this workshop, the attendees will have the opportunity to learn about the basics of realistic modelling and analysis of distribution networks with solar photovoltaics using advanced tools. Attendees will use the programming language Python and the advanced distribution network analysis tool OpenDSS, an open-source tool developed by the Electric Power Research Institute (EPRI) in the US. OpenDSS will be used entirely with Python code thanks to the dss_python module developed by researchers at the University of Campinas in Brazil. And, to guide you, all will be done using Jupyter Notebook. This part of the workshop will be hands on and will require attendees to install specific software and have a GitHub account so they can access the corresponding repositories.

• You need to install Python (Anaconda) and Jupyter Notebook (comes with Anaconda). Link: https://www.anaconda.com/products/distribution
• Then, install the dss_python module. Run “python -m pip install dss_python” in the Anaconda Prompt.
• More details about the repositories will be provided after the registration.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: brpjunior@usp.br (Prof. Benvindo Rodrigues Pereira Junior).

Sobre o visitante

Luis Fernando Ochoa é professor de Redes Inteligentes e Sistemas de Energia na Universidade de Melbourne, Austrália. Além disso, ele é IEEE PES Distinguished Lecturer, membro do Conselho Editorial da IEEE Power and Energy Magazine e membro sênior do IEEE. Anteriormente, de 2011 a 2021, trabalhou em período integral e meio período na Universidade de Manchester, Reino Unido. De 2007 a 2010, foi Pesquisador em Sistemas de Energia na Universidade de Edimburgo, Reino Unido. Em 2010 atuou junto com a empresa Psymetrix Ltd, com sede em Edimburgo. Possui graduação em Engenharia Mecânica e Elétrica pela UNI (Peru), mestrado em Pesquisa e doutorado em Engenharia Elétrica de Energia, ambos pela UNESP Ilha Solteira (Brasil). Sua equipe de pesquisa produziu mais de 210 trabalhos de pesquisa em revistas e conferências internacionais de primeira linha, mais de 80 relatórios técnicos e duas patentes, uma registrada pela Psymetrix Ltd e outra registrada pela Universidade de Melbourne.

 

Nova turma do curso sobre projetos e instalação de painéis solares – presencial – recebe inscrições até 10/06

Nova turma do curso sobre projetos e instalação de painéis solares – presencial

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP realizará mais uma edição do Curso Solar Fotovoltaico, iniciativa que ensina profissionais a desenvolver projetos de painéis solares no computador e a instalar esses sistemas em diferentes ambientes. Nesta edição o curso será presencial. Os interessados podem se inscrever até o dia 10/06/22 por meio do site do curso. É necessário que o participante faça sua inscrição com uma conta de usuário do Google (“gmail”, ou emails institucionais ligados ao Google: contas da USP, etc) para ter acesso à área do aluno.

O curso é dividido em duas partes. O módulo 1 é Introdução a Sistemas Fotovoltaicos, Dimensionamento e Instalação, que será realizado presencial nos dias 24 e 25 de Junho de 2022. Os participantes irão aprender sobre o dimensionamento básico do sistema fotovoltaico; a leitura de mapas solarimétricos, que mostram a incidência de radiação em diferentes países; os procedimentos de instalação dos painéis fotovoltaicos; a ligação do sistema no quadro de força; os passos para a configuração na central de monitoramento e até mesmo as etapas para solicitar conexão à concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica. Podem participar engenheiros, arquitetos, estudantes, técnicos, empreendedores e qualquer pessoa interessada em investir no ramo. O valor da inscrição é de R$ 600,00 à vista. Também pode ser paga em duas vezes de R$ 360,00 ou em três vezes de R$ 240,00.

Voltado a profissionais específicos do ramo de engenharia elétrica, o módulo 2 é o Dimensionamento Avançado de Sistemas Fotovoltaicos Usando PVsyst, que ocorrerá presencial no dia 25 de Junho de 2022. Nele, os interessados aprenderão a projetar sistemas fotovoltaicos em 3D com a utilização do software PVsyst (versão demo), que pode ser baixado neste link. No programa de computador, os participantes irão trabalhar sombreamento, projeção em telhados, lajes, estacionamentos, além de estudarem a viabilidade financeira do sistema proposto. Para participar desse módulo, o valor da inscrição é de R$  500,00 à vista, mas também pode ser paga em duas vezes de R$ 300,00 ou então em três vezes de R$ 200,00. É preciso que o aluno tenha no seu notebook o software instalado, de preferência, a última versão.

Aqueles que fizerem os dois módulos receberão um desconto adicional no módulo 2 de 100 Reais em cima do valor que iria pagar. Então ficaria: Módulo 1 + Módulo 2 = 600 + 400 = 1000 Reais à vista (ou em até três vezes no cartão 720+500 = 1200 Reais).

Cada curso conta com 100 vagas disponíveis. As aulas serão ministradas no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL pelo professor Dr. Elmer Cari, do Departamento e pelos Engenheiros Leandro do Nascimento e Eng. Willy Zulke da EESC/USP, com apoio de monitores de graduação e pós-graduação. A programação dos cursos pode ser encontrada no link: http://www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/?page_id=568

Além disso, um vídeo sobre o curso pode ser encontrado em: https://youtu.be/mT6GE6SVQQw

Mais informações:
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL)
E-mail: cursosolar@eesc.usp.br
Site do curso: www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/

Canal no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCXrwQ9VvvmNp_oQXEGW6qkw

 

A engenharia em prol da saúde

A engenharia em prol da saúde

 

Muitas pessoas nem imaginam, mas a engenharia, tão conhecida por suas soluções nos setores elétrico, automotivo e civil também está presente em recursos diretamente relacionados à saúde, como na produção de implantes, em terapias de reabilitação, na neurocirugia e até no design de interior de uma ambulância. Esses, inclusive, são alguns dos projetos em desenvolvimento pelo Centro de Engenharia Aplicada à Saúde (CEAS), da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP).

No Laboratório de Desenvolvimento de Próteses Personalizadas para Reabilitação Buco-Maxilofacial, Neurocirurgia e Ortopedia, por exemplo, os pesquisadores aproveitam o desenvolvimento de tecnologias de impressão 3D para produzir implantes anatômicos e específicos do paciente e dispositivos customizados que podem ser projetados com alta capacidade de ajuste e complexidade, abrindo assim novos horizontes no cuidado personalizado à pacientes e pesquisa biomédica. Com materiais biocompatíveis, eles estudam e produzem implantes e próteses personalizadas com o auxílio de simulações computacionais para defeitos ósseos, de modo que garantam propriedades mecânicas adequadas (em relação ao osso) e propriedades osteoindutoras, favorecendo a regeneração óssea na área afetada, o que também ajuda a reduzir o tempo cirúrgico e garantir maior previsibilidade de resultados.

Prótese para reabilitação buco-maxilofacial

Em outra frente de estudos, pesquisadores do CEAS avaliam o uso da Terapia Robótica para a Reabilitação Neurológica, com ênfase na Articulação do Tornozelo. Esse tipo de terapia vem sendo recomendado para complementar a terapia convencional dos indivíduos pós-AVC e possui algumas vantagens, como a assistência controlável durante os movimentos, a boa dinâmica na terapia em razão da repetitividade de tarefas, além da maior motivação durante o treinamento através do uso de jogos interativos e a redução de custos nos cuidados à saúde.
No projeto em questão, os estudos com dispositivo robótico de tornozelo (exoesqueleto Anklebot®) têm sido realizados com o propósito de avaliar o desempenho neuromuscular e funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos, de modo a facilitar os movimentos do tornozelo e reduzir as limitações pós-AVC.

Terapia robótica para reabilitação neurológica com ênfase na articulação do tornozelo

Para além da reabilitação neuromuscular, a reabilitação cognitiva também está no escopo dos projetos em desenvolvimento dentro do CEAS da EESC. No Laboratório de Engenharia Cognitiva, os pesquisadores estão construindo uma plataforma open-source para a modelagem cognitiva do cérebro, oferecendo suporte para futura reabilitação cognitiva. A ideia é compreender de maneira multinível sua estrutura e função, através do desenvolvimento e uso de informações e tecnologias de comunicação.

Projeto de modelagem cognitiva do cérebro

Engenharia até dentro de ambulância

Dentro do Centro de Engenharia Aplicada à Saúde da EESC, um dos projetos que também gera grande curiosidade é o Design Conceito do Interior de uma Ambulância através da Orientação à Funcionalidade e a Ergonomia. Afinal, quem imaginaria que existe aplicação da engenharia até mesmo dentro de uma ambulância?
O projeto tem relação direta com a qualidade de vida dos profissionais de saúde que atuam nesse tipo de veículo. A falta de fatores ergonômicos positivos para os operadores de ambulância pode levar problemas à postura, vibração excessiva do corpo e problemas psicossociais.

No Brasil, há muitos casos de exposição de profissionais a riscos ergonômicos, biológicos químicos e de lesões traumáticas. Pensando nesses problemas, este projeto de pesquisa propõe uma reformulação da estrutura funcional do interior de uma ambulância, mudando suas características conceituais, de desenho e ergonomia para que pacientes e trabalhadores sofram menos com problemas músculo–esqueléticos. É mais um exemplo de como a engenharia pode contribuir de maneira direta e relevante na saúde, nos mais diferentes aspectos.

Engenharia aplicada no design de ambulância

O nascimento do CEAS

Toda essa contribuição da EESC para a saúde começou há muitos anos. Especificamente, em 1977, quando Luiz Romariz Duarte, professor do Departamento de Engenharia de Materiais da EESC-USP defendia sua tese de livre-docência “Estimulação Ultra-Sônica do Calo Ósseo”, fruto de anos de trabalho com ortopedistas da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos e de estudos com animais que se mostraram bem sucedidos.

Com o uso dessa tecnologia de estimulação, Duarte evidenciou uma alternativa para regeneração óssea e tratamento de fraturas que se mostrou efetiva em fraturas recentes, em fraturas com atraso na formação óssea (retardos de consolidação) e em fraturas com não formação óssea por um longo período, denominadas pelos ortopedistas de fraturas com não-união óssea (pseudoartroses). Nos anos seguintes, sua tese evoluiu, sendo usada clinicamente no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e no Hospital das Damas em Osasco, no decorrer dos anos 80, com repercussão internacional. O estudo acabou se transformando mundialmente em recurso de tratamento de fraturas com autorização para uso clínico nos EUA em 1994, pela agência Food and Drug Administration (FDA) e em 2001 no Brasil, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Hoje, a tecnologia chamada de LIPUS (Low Intensity Pulsed Ultrasound) está disponível clinicamente e comercialmente em vários países desenvolvidos, como os EUA, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália e Reino Unido. A disponibilidade no Brasil depende de uma empresa que se interesse em sua representação comercial.

Esse importante estudo representou, dentro da EESC, o nascimento da linha de pesquisa de engenharia aplicada a saúde, que resultou na criação do Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia USP (EESC | FMRP | IQSC). Pouco tempo depois, no início da década de 1980, dentro do Departamento de Engenharia de Materiais da EESC-USP, o passo seguinte foi a criação do Laboratório de Bioengenharia. O objetivo era fornecer suporte para a realização de trabalhos científicos experimentais com a aplicação de conceitos de engenharia para o tratamento de problemas médicos. Para isso, o laboratório dispunha de uma pequena instalação para alojamento e manutenção de animais de laboratório, bem como uma pequena área destinada a realização de pequenas cirurgias experimentais com animais. Logo a produção científica ali se expandiu, o que demandou a mudança das instalações do laboratório, passando a ocupar prédio próprio.

Em 2003, o Laboratório de Bioengenharia deu um novo salto, quando o Prof. Dr. Francisco Antonio Rocco Lahr, então diretor da EESC, determinou que o mesmo passasse a ser um setor da diretoria, dedicado a oferecer apoio técnico a projetos da EESC na área de engenharia biomédica.

Pouco mais tarde, em março de 2012, os professores José Marcos Alves, João Manuel Domingos de Almeida Rollo e o pesquisador Orivaldo Lopes da Silva, com o apoio do Prof. Dr. Geraldo Roberto Martins da Costa, diretor da EESC na época, contataram os demais pesquisadores da área da EESC com o objetivo de discutir a criação de um centro de pesquisas na área de engenharia biomédica. Dessa forma, 19 membros da EESC foram signatários de uma proposta à direção da Escola de Engenharia da criação de um Centro de Engenharia Biomédica, com uma forma de administração baseada na metodologia de gestão de projetos de pesquisa. Em 9 de novembro de 2012, após publicação de portaria, nascia oficialmente o Centro de Engenharia Aplicada à Saúde (CEAS). Os primeiros diretores foram os professores Jonas de Carvalho (Eng. Mecânica) e Lauralice do Campos Franceschini Canale (Eng. Materiais e Manufatura). O atual diretor é o Prof. Adriano Almeida Gonçalves Siqueira (Eng. Mecânica).

Entrada do CEAS na EESC-USP

“O CEAS conta com uma área de cerca de 600 m2, com um ambiente adequado de articulação interdisciplinar entre a engenharia e as ciências da vida, basicamente em quatro setores: hospedagem adequada de animais de laboratório; ambiente cirúrgico experimental adequado para cirurgias com animais de laboratório (dispositivos que requeiram implantação); ambiente adequado para exposição de seres vivos a equipamentos e procedimentos sob condições controladas; parque de equipamentos científicos que utilizam de forma integrada técnicas de engenharia e de saúde”, destaca Orivaldo Lopes da Silva, coordenador de Projetos de Pesquisa do CEAS da EESC-USP.

“Toda essa estrutura permite o desenvolvimento de projetos como esses acima relacionados, de modo que a engenharia dê sua parcela de contribuição também no aspecto da saúde para a sociedade, com novas tecnologias, novos recursos e com todo seu potencial de transformar conhecimento produzido na universidade em oportunidades de melhora na qualidade de vida”, conclui Silva.

 

Por Denis Dana, para a Assessoria de Comunicação da EESC

Competição da USP desafia participantes a criarem soluções para problemas de mobilidade urbana

Competição da USP desafia participantes a criarem soluções para problemas de mobilidade urbana

Gratuita, Sancathon será realizada 100% online; inscrições podem ser feitas até às 18h do dia 3 de setembro

Participantes terão apenas 72 horas para criarem soluções para a mobilidade urbana. Foto: Sancathon/Divulgação

Quem nunca enfrentou um ônibus ou metrô lotado no famoso “horário de pico”? A superlotação é um problema comum nos meios públicos de transporte do país, mas ela é apenas um dos desafios enfrentados pela população que depende deles para se locomover. Aumento da circulação de veículos individuais, pessoas que moram longe das estações e a falta de ciclovias são outros exemplos de pontos que poderiam ser debatidos na busca por estratégias que promovam um deslocamento mais eficiente e sustentável dentro do perímetro urbano.

Com o objetivo de contribuir para melhorar esse cenário, a SancaThon, maratona tecnológica realizada pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, convida interessados de todo o Brasil, maiores de 18 anos, a participarem da edição de 2021 do evento, que irá desafiar os participantes a criarem, em apenas 72 horas, novos produtos, serviços, modelos de negócio e tecnologias para a área. A competição, que traz como tema: “Como podemos ajudar a desenvolver o transporte coletivo em pequenas e médias cidades, criando novas realidades para a mobilidade urbana a fim de ajudar a sociedade?”, acontecerá entre os dias 10 e 12 de setembro, e as inscrições podem ser feitas até às 18h da próxima sexta-feira (3), através do site da maratona. O evento é totalmente gratuito e, devido à pandemia de Covid-19, será realizado de forma remota. Não há limite de vagas.

Superlotação é um dos principais problemas enfrentados pelos brasileiros no transporte coletivo. Foto: Canva

Para participar, é preciso ter conhecimento em alguma das seguintes áreas: negócios, desenvolvimento tecnológico ou design/UI/UX. As inscrições são realizadas de forma individual, mas para a maratona será exigida a formação de um time que tenha entre três e seis integrantes, com pelo menos um participante de cada área citada. Os grupos poderão ser formados antecipadamente, mas não é uma regra, pois entre os dias 6 e 9 de setembro ocorrerá uma semana de encontros, feita pela plataforma Discord, onde quem ainda não tiver um time poderá conhecer novos colegas e formar sua equipe.

Nesta mesma semana, do dia 6 ao 8, os participantes também terão acesso a materiais e mentorias sobre negócios, programação, design, experiência do usuário, marketing e mobilidade urbana.  O objetivo é introduzir aos participantes técnicas sobre as habilidades exigidas, bem como detalhes sobre o tema da competição e a dinâmica do mercado, tudo para facilitar o desenvolvimento de ideias que aliem tecnologia e empreendedorismo, levando em consideração os novos comportamentos do consumidor nos últimos anos.

Pessoas que moram longe das estações têm mais dificuldades para pegar o ônibus. Foto: Canva

Ao final do evento, as equipes deverão gravar um pitch de cinco minutos para apresentar a solução criada à banca avaliadora. Os projetos serão julgados com base em cinco critérios: apresentação; diferencial tecnológico e criatividade; aplicabilidade; negócio; e continuidade. As melhores equipes serão contempladas com prêmios de R$ 2.500, para o primeiro lugar, R$ 1.000, para o segundo, e R$ 500, para o terceiro. Os times também poderão ser indicados a bancos de talentos dos parceiros da competição, além de concorrerem a premiações futuras. 

“Todos os alunos da universidade já sabem que, apesar de importante, participar somente das aulas não é suficiente para aproveitar ao máximo a faculdade. A SancaThon é uma excelente oportunidade para colocar em prática alguns conhecimentos já vistos e aprender tantos outros. Além disso, a competição é super diversa. Aos que querem aprofundar seus conhecimentos em mobilidade urbana, terão um espaço gigante. Aos que querem colocar em prática suas habilidades em design, programação e negócios, terão seu espaço também. O networking e os prêmios do evento são motivos para encher os olhos de qualquer pessoa”, afirma o estudante de Engenharia Elétrica da EESC, Lucas Toschi de Oliveira, um dos organizadores do evento.

Soluções poderão ser propostas para melhorar o transporte realizado por metrôs. Foto: Canva

O evento é realizado em conjunto pelo Centro Avançado EESC de Apoio à Inovação (EESCIn), pelo Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC), pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL) e pela Semana da Engenharia Ambiental (SEA). 

Edições anteriores – A SancaThon foi criada em 2018 com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de ideias tecnológicas e novos modelos de negócio para solucionar problemas sociais. O objetivo é fomentar o empreendedorismo universitário, fazendo com que os estudantes tenham contato com novas ferramentas e possam colocar em prática o que aprendem em sala de aula. 

Em 2018, a proposta foi desafiar os participantes a criarem alternativas para problemas presentes no dia a dia dos habitantes de São Carlos. Já em 2019, a competição buscou soluções para modernizar a agricultura no Brasil. Nesses dois anos, os encontros foram realizados de forma presencial, mas em 2020 a maratona precisou se adaptar frente à pandemia do novo coronavírus. O lado positivo foi que, com o formato online, o evento alcançou quase 500 participantes, de 127 cidades de 22 estados do Brasil, além de competidores de outros países, como Itália, Argentina e Portugal.

No ano passado, a maratona desafiou os participantes a pensarem em soluções para ajudar bares e restaurantes, um dos setores mais impactados pela necessidade de isolamento social. Quem levou o terceiro lugar foi a equipe Hort-e, com a criação de um aplicativo que permite a compra coletiva de insumos entre restaurantes e produtores hortifrutigranjeiros. A ideia do grupo foi minimizar custos de logística e perdas de produção, garantindo que os alimentos cheguem com mais qualidade e de forma mais rápida ao destino final.

Membros da equipe Hort-e, terceira colocada na Sancathon 2020. Foto: Sancathon/Divulgação

Rafael Montanhez, gestor comercial e integrante da equipe na época, conta como a maratona ajudou o time a alçar voos maiores após o evento: “A SancaThon foi um verdadeiro berço para a Hort-e. A equipe se conheceu durante o evento e, com o apoio dos mentores, idealizamos uma solução inovadora que é a conexão entre pequenos produtores rurais e empreendedores de alimentação através de compras coletivas. A conquista do terceiro lugar nos deu uma visibilidade incrível, permitindo realizar o sonho de fundar uma startup que ajuda, de verdade, a fomentar o comércio local e a transformar setores tão carentes em recursos. Hoje, pouco mais de um ano após o evento, já passamos por um processo de aceleração e estamos para lançar no mercado, agora em setembro, a versão definitiva da plataforma. Nada disso aconteceria se não fosse a participação na SancaThon, um prato cheio para quem tem apetite por inovação”, disse.

 

Texto: Rebecca Crepaldi, para a Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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