Centro de Inclusão Social da USP ganha kit educacional de robótica

Centro de Inclusão Social da USP ganha kit educacional de robótica

Centro de Inclusão Social da USP recebeu doação de kit educacional de robótica

Ensinar física e matemática de forma lúdica, além de contribuir com a formação de jovens de baixa renda. Foi com esse propósito que o Centro de Inclusão Social (CIS) da USP em São Carlos recebeu a doação de um kit educacional de robótica da empresa Anacom Eletrônica nesse mês de junho.

Entre os itens doados estão: tablet, livro digital, DVD, quadricóptero, braço e esfera robótica, robô móvel, além de outros acessórios. Por meio de metodologias mais atraentes, a ideia é proporcionar aos alunos participantes do CIS um aprendizado mais interativo com a utilização dos novos equipamentos. Aulas de álgebra, geometria e, posteriormente, pré-cálculo também estão no cronograma do Centro.

Ao longo do segundo semestre os jovens serão desafiados a desenvolver diversas atividades com o kit robótico, e os que obtiverem melhor desempenho poderão concorrer a uma grande novidade a partir de 2019: bolsas de iniciação científica. Os recursos serão oferecidos pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, sob a coordenação do professor Marco Henrique Terra.

Atualmente os adolescentes do Centro de Inclusão Social já contam com diversos materiais e iniciativas gratuitas, como aulas de inglês, física e informática, além de acesso ao acervo da Biblioteca da Área 2 do Campus da USP em São Carlos. Coordenado pelos professores José Marcos Alves e Carlos Goldenberg, ambos SEL, o CIS de foi criado em 2015 com o objetivo de promover educação para comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica que residem na cidade, especialmente os que moram perto da Universidade. Outros dois docentes do Departamento também participam da iniciativa: João Navarro Junior é o responsável pela disciplina Física do Cotidiano na Construção da Cidadania, enquanto Maximiliam Luppe coordena o Laboratório de Introdução à Informática para alunos do Ensino Fundamental.

Braço robótico está ente os itens do kit educacional doado pela empresa Anacom Eletrônica

O Centro conta, ainda, com o apoio institucional da USP por meio da Prefeitura do Campus (PUSP-SC), da EESC, do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC), do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPID – FAPESP), do Centro de Matemática e Estatística Aplicadas à Indústria (CEPID – CeMEAI), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e de empresas como a Anacom, Pearson Educaton Brasil, Intel, Cisco e Projeto Novo Guia / Pet Terapia.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL
Fotos: Marília Ruberti – SEL

 

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Estudo demonstra como melhorar a proteção da rede elétrica

Estudo demonstra como melhorar a proteção da rede elétrica

Renan (à esquerda) e seu orientador, o professor Mario Oleskovicz do SEL

A energia elétrica que chega a residências, indústrias e a centros comerciais pode ser gerada por diferentes tipos de usina. Entre elas, podemos citar as hidrelétricas e as solares. Mas, para que a energia chegue com qualidade a seu destino, ou seja, permitindo que os equipamentos operem adequadamente, é preciso proteger a rede elétrica de falhas como, por exemplo, os curtos-circuitos.

Dentro do universo da engenharia elétrica existe um equipamento chamado de relé, que é capaz de identificar eventuais curtos no sistema elétrico e isolar o trecho exato da região afetada para que, posteriormente, o conserto seja feito. Dessa forma, o equipamento evita que o problema atinja um número maior de consumidores, já que os demais locais próximos ao danificado continuarão recebendo energia por rotas alternativas.

Mas, normalmente, os relés convencionais não estão programados para sinalizar curtos-circuitos quando uma rede suprida por hidrelétricas passa a receber, também, energia de usinas fotovoltaicas. Esse cenário pode limitar a operação dos relés, ainda mais com o crescimento das usinas solares nos últimos anos. Mas, então, como superar o impasse e garantir o serviço oferecido por essa importante ferramenta?

Quem propôs uma solução foi Renan Furlan, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. O estudante encontrou, por meio de simulações e técnicas computacionais, a configuração ideal do para que o aparelho se adeque a essa nova fonte de energia gerada a partir do Sol.

A pesquisa faz parte do trabalho de mestrado de Renan e foi realizada no Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica (LSEE) do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.

O estudo está descrito no artigo Improvement of overcurrent protection considering distribution systems with distributed generation, que recebeu o prêmio de melhor trabalho na 18ª Conferência Internacional sobre Harmônicos e Qualidade da Energia (18th International Conference on Harmonics and Quality of Power – ICHQP), realizada entre os dias 13 e 16 de maio, em Liubliana, capital da Eslovênia. O evento é o principal do mundo na área de qualidade da energia e discutiu 132 artigos no total, sendo quatro deles do LSEE.

Também fazem parte do Laboratório e participaram com Renan da elaboração do artigo premiado os alunos de mestrado Rodrigo Bataglioli e Iago Faria, além do doutorando Carlos Beuter. A pesquisa foi orientada pelo professor Mario Oleskovicz do Departamento.

Texto e foto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL

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Vencedor SancaThon 2018: aparelho portátil visa acelerar atendimento a gestantes em risco

Aparelho portátil visa acelerar atendimento a gestantes em risco

Protótipo integra medidores de febre, pressão e batimentos cardíacos em um único dispositivo e poderá sugerir procedimentos às enfermeiras nos hospitais

Grupo de cinco estudantes da USP foi o vencedor da 1ª SancaThon

Uma solução para agilizar o atendimento a gestantes em situações de risco atendidas em hospitais. Essa é a ideia vencedora da SancaThon, a 1ª maratona de programação da USP em São Carlos, realizada entre os dias 8 e 10 de junho, e que desafiou os participantes a criarem alternativas para problemas da cidade em 31 horas. Para ajudar a combater a mortalidade de grávidas no município, cinco estudantes da Universidade criaram um sistema portátil capaz de unir medidores de febre, pressão e batimentos cardíacos em um único dispositivo.

Com base em um diagnóstico prévio a partir dessas medições, o sistema conseguiria sugerir a profissionais de enfermagem as melhores condutas para se tomar com relação às pacientes em risco. Com isso, o equipamento poderia propor, por exemplo, a verificação de possíveis infecções, hemorragias ou, dependendo do caso, o encaminhamento imediato da gestante ao médico que, por sua vez, seria alertado sobre a gravidade da situação.

Todos os dados coletados seriam disponibilizados automaticamente na nuvem de uma rede de hospitais, dispensando o preenchimento manual de formulários e, caso a paciente precisasse ser transferida para outro local, seria feita a comunicação de informações do prontuário entre os órgãos de saúde. O design do sistema ainda será elaborado e a expectativa é de que até o final do ano o produto esteja disponível no mercado.

“O maior diferencial do aparelho é justamente integrar todas essas funções, pois facilitará muito a vida do profissional, dando a ele orientações de forma inteligente. Em complicações na gravidez, a cada hora que passa, as chances de a gestante sobreviver podem diminuir bastante”, explica Vinicius Garcia, um dos integrantes do grupo vencedor e aluno do curso de Engenharia de Computação da USP, oferecido em conjunto pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC).

Protótipo passará por testes na Santa Casa de São Carlos

Nomeado de Our life, o equipamento, que deve custar em torno de R$ 2.000,00, será composto tanto por um software quanto por um hardware e, segundo Vinicius, não será preciso treinar os profissionais que irão utilizá-lo, pois a forma de medição atual não será alterada. Ele também conta que as ponteiras dos instrumentos hospitalares frequentemente quebram e, como o protótipo desenvolvido terá os principais medidores integrados, o risco de danos será menor, gerando economia aos hospitais. Também compuseram o grupo vencedor os alunos Gabriel Cerqueira, Alexandre Bellas, Laise Cardoso e Silva e o mestrando Leonardo Moraes.

Além do título da 1ª SancaThon, o trabalho também foi reconhecido pela Santa Casa de São Carlos: “Esse projeto é de grande impacto na saúde pública e, além de evitar mortes, poderá ajudar quem está no processo de assistência no pronto-socorro a acertar mais. Nas próximas semanas pretendemos iniciar alguns testes com a equipe de ensino e pesquisa do hospital”, afirma Daniel Bonini, superintendente da Santa Casa.

Programando na USP – A 1ª SancaThon contou com 39 integrantes, divididos em 9 equipes formadas por participantes de diversas universidades e instituições, que foram desafiados a desenvolver tecnologias. “Grande parte de nossos problemas é técnico, por isso, é preciso integrar o município com os cientistas das universidades. A partir dessa união, conseguiremos avançar a outros patamares”, conta José Galiza Tundisi, secretário de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos.

Jovens tiveram 31 horas para desenvolver soluções a problemas de São Carlos

Ele afirmou, ainda, que os melhores projetos da SancaThon poderão ser financiados, tanto pela Prefeitura, caso aprovados, quanto pelos Governos Estadual e Federal. “Tenho certeza de que São Carlos terá cada vez mais um sistema avançado de desenvolvimento científico e tecnológico e será exemplo no Brasil”, conclui.

Segundo Daniel Magalhães, professor da EESC, a SancaThon superou as expectativas: “A participação dos grupos foi muito efetiva e a vivacidade com que os participantes trabalharam mostra que esse tipo de evento tem público e apelo. Já recebemos, inclusive, sugestões de temas para próximas edições de hackathons na USP”, conta o docente que é diretor do Centro Avançado EESC de Apoio à Inovação (EESCin), um dos realizadores do evento. Segundo Daniel, a Prefeitura de São Carlos se mostrou bastante empolgada com os projetos e demonstrou interesse em trabalhar para implantá-los na cidade.

Mas quem pensa que a SancaThon é importante apenas ao público que irá usufruir dos projetos desenvolvidos está engando. Isso porque os participantes da Maratona têm a oportunidade de desenvolver outras habilidades ao longo de uma iniciativa como essa: “A veia empreendedora é incentivada nos jovens estudantes que, com certeza, serão os responsáveis por transformar a sociedade. A experiência durante o evento é muito rica, eles ganham autoconfiança e ainda geram benefícios ao país”, diz o chefe-geral da Embrapa Instrumentação de São Carlos, João Naime.

Outros trabalhos também foram destaque na competição da USP. Em segundo lugar, ficou o projeto “μCare”, que trouxe a proposta de utilizar um sistema capaz de localizar, em tempo real, determinados equipamentos médicos dentro dos hospitais. A equipe idealizadora do trabalho foi composta por Pedro Jeronymo, Patrick Feitosa, Guilherme Momesso, Guilherme Prearo e Bruno Stefano, todos alunos do curso de Engenharia de Computação da USP em São Carlos.

Nove equipes participaram da maratona de programação da USP

Na terceira colocação ficou o projeto Calisto, no qual os integrantes da equipe propuseram uma solução para reduzir o tempo que os pacientes passam dentro de um ambulatório ou pronto-socorro. Para isso, os participantes criaram uma espécie de totem capaz de adiantar o processo de triagem. O equipamento também atuaria para ajudar aqueles que ainda não estão no hospital, marcando consultas, solicitando ambulâncias e indicando a farmácia mais próxima ao ser consultado sobre a disponibilidade de um remédio. A equipe é composta pelo autônomo Ricardo Ferreira e pelos alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Carlos Cunha, Iago Barbosa, Matheus Lima e Fernando Guisso.

Todos os grupos tiveram três minutos para apresentar seus trabalhos, dois minutos para demonstrações e outros dois para responder perguntas dos jurados. Confira todos os projetos apresentados neste link. As três primeiras equipes ganharam kits DragonBoard 410c e Linkspirte e poderão participar da FutureCom 2018. Para dar continuidade aos projetos, as equipes terão direito a pré-acelerar seus empreendimentos na Baita Aceleradora e também a 8 horas de trabalho e orientação no Wikilab.

Além de Tundisi, João Naime e Daniel Bonini, a comissão avaliadora da SancaThon foi composta por: Paulo César Giglio, CEO da Incon Eletrônica e vice-diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em São Carlos; Alexandre Wellington de Souza, tenente-coronel do Comando Geral do 38º Batalhão da Polícia Militar; Mario Casale Neto, diretor de operações na Casale Equipamentos; Erwin Franieck, diretor de desenvolvimento da Bosch; Natanael Alves da Silva, coordenador do Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos e ex-presidente da Comissão Municipal de Saúde; Bruno Evangelista, diretor de desenvolvimento de negócios IOT da Qualcomm; Rodrigo Pereira do Portal Embarcados e Mirjan Schiel, representante da comunidade.

Concentração, criatividade e dedicação foram fundamentais durante a competição

A SancaThon é realizada em conjunto pela EESC, ICMC e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). A iniciativa conta com o apoio da Agência USP de Inovação, da Agência de Inovação da UFSCar, do Portal Embarcados, da Sintesoft, da Faculdade de Tecnologia (FATEC) de São Carlos, da Semana da Engenharia de Computação da USP, do Portal Industrial, do Wikilab, do CIESP São Carlos, do Senai São Carlos, da Baita Aceleradora e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos.

 

 Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL

 

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