Processo seletivo para docentes no SEL

Processo seletivo para docentes no SEL

Estão abertas, até 17 horas do dia 9 de maio, as inscrições do processo seletivo referente ao Edital 25/2018 para contratação de dois docentes temporários para o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

As oportunidades são para o cargo de professor contratado, nível II, com salário de R$ 1.322,41, para candidatos com título de mestre, ou para professor contratado, nível III, com salário de R$ 1.849,66, para candidatos com título de doutor. Ambas são por tempo determinado e jornada de 12 horas semanais de trabalho.

Os interessados devem inscrever-se exclusivamente por meio do link https://uspdigital.usp.br/gr/admissao, devendo o candidato apresentar requerimento dirigido ao diretor da EESC, cujo modelo pode ser obtido clicando aqui. Não serão aceitas inscrições pessoalmente, por via postal, e-mail ou fax.

Acompanhe nesta página as fases subsequentes do processo seletivo.

 

Mais informações
Serviço de Assistência aos Colegiados da EESC
Tel.: (16) 3373-9231
E-mail: colegiados@eesc.usp.br

Por Assessoria de Comunicação da EESC
Foto: Adaptação de Fanz

Estudantes criam operadora digital de telefonia e representarão Brasil em competição nos EUA

Estudantes criam operadora digital de telefonia e representarão Brasil em competição nos EUA

Alunos de três universidades se reuniram para desenvolver a Fluke, startup que traz como prioridade o relacionamento com o cliente; Empresa deve começar a operar no Brasil em 2019

Yuki, Marcos e Matheus (Da esquerda para a direita) estudam na USP em São Carlos e ajudaram a criar a Fluke

E se sua operadora de celular deixasse de ser um problema? Foi essa a pergunta que motivou um grupo de seis estudantes universitários a criar a Fluke, empresa digital de telefonia móvel que pretende facilitar a vida dos clientes. Desenvolvida por alunos da USP, em São Carlos e São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade Paulista (Unip), a nova operadora virtual representará o Brasil, nos dias 10 e 11 de maio, na International Business Model Competition (IBMC), competição que premia o melhor modelo de negócio universitário do mundo.

“Nosso cliente poderá contratar serviços da forma mais personalizada possível. Ele vai escolher o pacote que desejar, sem passar por intermediários, e não será obrigado a comprar planos extras que não utilizaria como forma de obter descontos em seu produto de interesse. Os valores de cada serviço ainda estão sendo estipulados”, explica Marcos de Oliveira Junior, aluno do curso de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e um dos idealizadores da  startup fundada em junho do ano passado.

O processo para contratação de serviços da Fluke será rápido, transparente e intuitivo, bastando apenas o interessado acessar o aplicativo da empresa e selecionar o que deseja. Dentro do app, será possível trocar de plano, alterar os dados pessoais, acompanhar o consumo em tempo real, contratar o acesso a redes sociais, minutos de ligações, SMS, internet, além de solicitar ajuda pelo chat ou diretamente pelo telefone. A melhor notícia é que tudo isso poderá ser solicitado sem precisar se aborrecer com músicas intermináveis durante as chamadas e desgastantes transferências de ligação entre os atendentes de telemarketing.

Prioridade da startup é o relacionamento com os clientes

Priorizar o bom relacionamento com os clientes é uma das principais vantagens das operadoras digitais de telefonia. Diferentemente das empresas físicas, as virtuais não precisam se preocupar, por exemplo, com responsabilidades como suporte técnico e infraestrutura de rede, já que alugam a mesma plataforma utilizada por uma operadora convencional.

Além de se beneficiarem financeiramente, as companhias tradicionais ainda podem reduzir a ociosidade de suas redes, pois muitas delas não operam em sua capacidade máxima. Assim, essas operadoras terão os mesmos gastos mensais, mas com uma receita maior. Os planos de ligação, internet, SMS e demais serviços serão comprados das empresas físicas pela Fluke em uma espécie de “atacado” e, posteriormente, disponibilizados ao consumidor final. Pensando no custo mensal para a manutenção da startup universitária, também deve ser contabilizado, além do aluguel pago às operadoras convencionais, os gastos com contratação e manutenção de softwares e os custos com os setores jurídico e de marketing.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), o Brasil possui mais de 235 milhões de linhas móveis ativas, o que torna o país o 5º maior mercado do mundo na área. As operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi contemplam mais de 98% das escolhas dos clientes e a falta de alternativas a essas quatro opções, muitas vezes, faz com que o usuário sinta-se refém dessas empresas.

“As grandes operadoras de telefonia possuem uma base enorme de clientes, tornando o mercado oligopolizado. Porém, muitos consumidores contestam a qualidade dos serviços prestados e, frequentemente, as reclamações desencadeiam problemas jurídicos às empresas. Foi por isso que escolhemos o caminho das operadoras virtuais, pois assim conseguimos focar em uma relação de excelência com os clientes”, afirma Yuki Watanabe, aluno do curso de Engenharia Elétrica – Ênfase em eletrônica da EESC.

Na Fluke será possível contratar planos personalizados

Tratando-se apenas de chips móveis pré-pagos, o número de clientes que trocam de operadora por ano gira em torno de 60 milhões. “Falta transparência às operadoras. Algumas pessoas mal sabem o valor exato que irá pagar na fatura do mês seguinte ou se o serviço está realmente sendo entregue, por exemplo. Para piorar, a comunicação com as empresas físicas é difícil e muitos clientes até deixam de mudar de operadora por pensar que na concorrente o serviço também será ruim”, explica Matheus Uema, aluno do curso de Engenharia de Computação, oferecido pela EESC em parceria com o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), também da USP em São Carlos.

Durante a graduação, os jovens estudaram algumas disciplinas que contribuíram na elaboração da startup. Oficinas de inovação e matérias sobre empreendedorismo universitário fizeram parte da grade dos alunos. “Durante as disciplinas, eu tive a oportunidade de assistir a palestras com referências na área, além de participar de dinâmicas em grupo com alunos de todos os campi da USP sobre o mercado empreendedor, conta Marcos.

O foco da Fluke é o público jovem, e a escolha por São Carlos para desenvolver o projeto foi estratégica: “É uma população mais adepta a inovações digitais e que está inserida no campo da tecnologia. Muitos estudantes se mudam para São Carlos a fim de estudar e acabam trocando de operadora para falar com os pais. Pode ser um momento oportuno para nós”, diz Yuki.

Usuário confere saldo de minutos acessando o aplicativo da Fluke

Reconhecimento – A ideia empreendedora dos jovens já trouxe grandes resultados, tanto que a Fluke venceu a seletiva nacional da International Business Model Competitions (IBMC) 2018. Agora, eles serão os responsáveis por representar o Brasil na etapa mundial da competição que contará com outros 39 países e será realizada na cidade de Provo, em Utah, nos Estados Unidos. O evento é organizado pela Universidade Brigham Young.

Só que para viajarem ao país norte-americano os jovens estão realizando uma campanha de financiamento coletivo na internet. Quem puder contribuir pode acessar o seguinte link. Os estudantes precisam de pouco mais de R$ 30 mil para arcar com todos os gastos da viagem, e as contribuições podem ser feitas online até o dia 24 de abril. No momento, os integrantes da Fluke já estão negociando com algumas operadoras e em busca de investidores para a empresa. A previsão é de que a startup de São Carlos comece a operar em 2019.

Além de Marcos, Yuki e Matheus, também fazem parte da equipe Vinícius Ito, estudante do curso de Engenharia Mecânica da Escola Politécnica da USP, Leonardo Santos, aluno de administração da FGV e Augusto Pinheiro, que estuda Ciências de Computação na Unip.

 

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL

 

Mais Informações
Assessoria de Comunicação do SEL
Telefone: (16) 3373-8740
E-mail: comunica.sel@usp.br

 

Aparelho inédito mostra se óculos de sol estão adequados para dirigir

Aparelho inédito mostra se óculos de sol estão adequados para dirigir

 Equipamento criado na USP, em São Carlos, analisa em poucos segundos o acessório do motorista

Óculos de sol podem ser impróprios para direção

Você sabia que seus óculos de sol podem ser impróprios para dirigir? Na hora de comprar o acessório, muita gente pensa apenas na questão estética ou, então, na proteção contra raios ultravioleta. Mas o que pouca gente sabe é que as lentes dos óculos solares também podem atrapalhar a visão do motorista, alterando as cores do semáforo ou impedindo a entrada de luz suficiente nos olhos do condutor. Para testar se os mais diversos modelos de óculos de sol são adequados para quem dirige veículos, foi criado um aparelho que exibe a resposta em poucos segundos.

O projeto é de Artur Loureiro, ex-aluno da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. Feito de MDF, o protótipo pesa aproximadamente 1,5 kg e o usuário interage com o dispositivo por meio de caixas de som e de sua tela sensível ao toque. Dentro do aparelho, a luz branca de um LED é apontada na direção de uma placa eletrônica composta por um sensor que faz diferentes medições. O teste com os óculos de sol é simples e bastante intuitivo: basta abrir a tampa superior do equipamento e posicionar as lentes do acessório entre o LED e a placa. Depois, é só aguardar alguns segundos. Veja no vídeo abaixo:

Para responder se os óculos estão apropriados para dirigir, o sensor do aparelho mede a chamada transmitância luminosa, que nada mais é do que a quantidade de luz visível que penetra pelas lentes do acessório e chega aos olhos do motorista. Por exemplo: se as lentes de um par de óculos possuem uma transmitância luminosa de 50%, quer dizer que apenas metade da luz do ambiente está atravessando as lentes e chegando ao condutor. Uma lente própria para direção deve deixar passar mais do que 8% de luz.

Além do teste de luz visível, o sensor também mede, especificamente, o quanto as luzes vermelha, amarela e verde, que compõem um semáforo, estão sendo diminuídas para a pessoa que está usando óculos de sol no trânsito. “O motorista pode deixar de enxergar alguma das luzes do semáforo dependendo do quanto forem reduzidas”, afirma Artur que testou as lentes de 128 óculos com marcas distintas.

Aparelho mostra em poucos segundos se óculos solares estão adequados para o motorista no trânsito

Caso as cores do semáforo sofram uma diminuição de intensidade acima do permitido, os óculos também não serão próprios para direção. O número que traz essa resposta leva o nome de quociente de atenuação visual de luz de trânsito (Q). O valor final do quociente não pode ser inferior a 0,8 para luz de sinalização vermelha nem menor que 0,6 para luzes de sinalização amarela e verde.

A partir da combinação de todas essas medidas e de alguns cálculos matemáticos, a avaliação dos óculos é revelada ao usuário. O trabalho do ex-aluno resultou em sua dissertação de mestrado em Engenharia Elétrica, defendida no final do ano passado e financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A pesquisa foi orientada pela professora Liliane Ventura, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.

“Nós queremos chamar a atenção do público para o assunto e instruir a população. Quando as pessoas vão comprar óculos de sol, nem perguntam se o acessório é próprio para dirigir, pois não sabem que essa possibilidade existe. O tema não é difundido”, explica Liliane que coordena o Laboratório de Instrumentação Oftálmica (LIO) do SEL, onde o trabalho foi desenvolvido.

Tela exibe resultado de óculos considerado próprio para direção

O que diz a norma? – A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) classifica as lentes de óculos de sol em categorias que variam de 0 a 4, de acordo com quão escuras elas são. A primeira delas (0) corresponde às lentes mais claras, seguindo uma ordem crescente de escurecimento conforme aumenta a categoria. As lentes da categoria 0 são recomendadas para situações em que haja poucos raios solares, sem Sol aparente. Na categoria 1, as lentes são para cenários com Sol parcialmente visível.

Já na categoria 2, os óculos são para uso geral, oferecendo boa redução dos raios de sol, diferente da categoria 3, na qual os acessórios podem ser utilizados em ambientes com Sol forte, como praias. Por fim, a categoria 4 é composta pelas lentes mais escuras de todas, presentes em situações de incidência muito alta de Sol, como em ambientes com muito reflexo de água (passeios de barco), ou no alto de montanhas em cidades que neva, e até em dunas de areia.

Lentes excessivamente escuras, com transmitância luminosa igual ou inferior a 3%, não são classificadas em nenhuma categoria, uma vez que a norma foi feita para óculos de uso geral. Caso as lentes sejam da categoria 4 ou sem categoria, elas não serão adequadas para direção. “Pelo fato das lentes solares serem fabricadas com filtro, o mesmo pode interferir na imagem transmitida. Sendo assim, as cores, a forma e a distância dos objetos podem ser alteradas equivocadamente. Quando pensamos em um motorista, o risco de acidentes pode aumentar”, afirma o oftalmologista Gustavo Paro.

Equipamento mostra resultado de óculos inadequado ao condutor 

A norma brasileira da ABNT requer que as lentes passem por testes de transmitância luminosa e sejam classificadas como adequadas ou não para dirigir. Entretanto, o público em geral não possui meios de testar seus próprios óculos de sol. Atualmente, a única maneira de saber se os acessórios são próprios para direção é por meio de um espectrofotômetro, equipamento utilizado para fins científicos e manuseado apenas por especialistas. Além de ser relativamente caro, grande e ter funcionamento complexo, o equipamento precisa de cerca de 40 minutos para testar se um único par de óculos está adequado para dirigir.

Insegurança na hora da compra –No Brasil não é exigido que os óculos possuam certificação para entrarem no mercado. Isso faz com que muitos produtos sejam vendidos sem passar por nenhum controle de qualidade. “Uma vez que não é exigida a certificação dos óculos de sol, o consumidor não é informado sobre os cuidados necessários no momento da compra”, diz Liliane.

Como o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) ainda não é obrigatório no Brasil, procurar se o selo da Conformidade Europeia está presente nas mercadorias pode ajudar a comprar um produto mais confiável. “Infelizmente, vendem-se muitos óculos escuros sem qualquer selo de segurança, principalmente no comércio ilegal de ambulantes. O equipamento da USP é importante, pois teremos mais uma forma de informar a população, minimizando possíveis riscos”, conclui o doutor Paro.

Liliane e Artur entraram com pedido de patente do aparelho desenvolvido na USP

Agora, a ideia dos pesquisadores é ampliar o conhecimento público sobre o tema, disponibilizando o aparelho em feiras, eventos e universidades. Empresas interessadas em produzir o equipamento, também podem entrar em contato. “Nós estamos entrando com um pedido de patente, tanto do dispositivo, quanto do método de medição por meio da Agência USP de Inovação”, finaliza Artur.

 

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL

 

Mais Informações
Assessoria de Comunicação do SEL
Telefone: (16) 3373-8740
E-mail: comunica.sel@usp.br

EESC contrata professor temporário para o SEL

EESC contrata professor temporário para o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação

A Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP recebe até o dia 17 de abril as inscrições no processo seletivo para contratação de um docente temporário para o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL).

O professor escolhido, que terá jornada de 12 horas semanais, deverá ministrar as seguintes disciplinas: Sistemas Digitais, Circuitos Eletrônicos I, II e III, e Laboratório de Dispositivos Semicondutores. Os salários são de R$ 1.849,66 caso o contratado possua o título de Doutor e R$ 1.322,41 caso o selecionado possua o título de Mestre, além de auxílio alimentação no valor de R$ 690,00 e assistência médica.

A contratação será por prazo determinado e vigorará a partir da data do exercício até 31 de dezembro de 2018, com possibilidade de prorrogações, desde que a soma dos períodos não ultrapasse o prazo de dois anos.

As inscrições devem ser realizadas exclusivamente via internet até às 17 horas do dia 17 de abril (horário oficial de Brasília-DF) por meio deste link: uspdigital.usp.br/gr/admissao. Para obter mais detalhes sobre prazos, etapas, provas e documentações, acesse o edital completo.

Mais informações
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação
Telefone: (16) 3373-9365
E-mail: departamento.eletrica@eesc.usp.br
Edital: goo.gl/ZPX3c6