Artigos do SEL são premiados em evento da área de Sistemas Elétricos

Artigos do SEL são premiados em evento da área de Sistemas Elétricos

Quatro artigos de pesquisadores do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP foram premiados no VIII Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos (SBSE), realizado entre os dias 25 e 28 de agosto, de forma virtual. 

Em uma das sessões da categoria “Proteção de Sistemas Elétricos”, o trabalho Analysis of High Impedance Faults Current Using Fourier, Wavelet and Stockwell Transforms, de autoria de Gabriela Nunes Lopes, Luiz Trondoli e José Carlos de Melo Vieira Júnior, recebeu o prêmio de melhor artigo. 

Já na categoria “Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas Elétricos”, o SEL foi premiado em duas sessões. Em uma delas, o trabalho Sintonia dos controladores do aerogerador GIDA com regulação de tensão para desempenho durante falta utilizando algoritmo PSO, de Milton Aguilar (Unioeste), Denis V. Coury, Fernanda Machado (Unioeste) e Romeu Reginatto (Unioeste), foi o vencedor. Em outra sessão da mesma categoria, o artigo Grid-connected inverters per-unit Dynamic Phasor modelling, simulation and control, de Álvaro Volpato e Luís Fernando da Costa Alberto, ficou com a primeira colocação. 

Por fim, em uma das sessões da categoria “Geração de Energia/Meio Ambiente”, o artigo Revisão de Falhas e Tendências na Geração Eólica, de autoria de Thiago Naufal Santelo e José Roberto B. A. Monteiro, recebeu o prêmio de melhor trabalho. 

Os laboratórios do SEL envolvidos na produção das pesquisas foram: Laboratório de Sistemas de Energia Elétrica (LSEE), Laboratório de Análise Computacional em Sistemas Elétricos de Potência (LACOSEP) e o Laboratório de Controle e Eletrônica de Potência (LACEP)

Sobre o evento – O Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos (SBSE) tem sua origem nos Encontros dos Grupos de Sistemas Elétricos (EGSE), de abrangência regional, e nos Encontros Nacionais de Engenharia de Alta Tensão (ENEAT). Patrocinado pela Sociedade Brasileira de Automática (SBA), o Simpósio é um evento técnico-científico direcionado ao setor elétrico nacional, sendo que sua principal contribuição é promover fóruns de intercâmbio de ideias, conhecimento e práticas referentes à área. Entre os objetivos específicos do evento, destaca-se: a divulgação da produção técnica-científica nacional na área de sistemas de energia elétrica; a qualificação e atualização profissional por meio da realização de minicursos, mesas redondas e conferências; a promoção e estímulo à integração entre universidades, centros de pesquisa em eletricidade e empresas do setor elétrico; e a discussão de problemas atuais e perspectivas futuras do setor elétrico nacional.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP

Estudantes da USP criam startup para gerenciar competições e eventos virtuais

Estudantes da USP criam startup para gerenciar competições e eventos virtuais

Jovens empreendedores se uniram para criar plataforma de gerenciamento de eventos virtuais. Foto: Kosmos/Divulgação

A pandemia do novo coronavírus obrigou muitos profissionais a mudarem a dinâmica de trabalho para se adequar às novas recomendações de distanciamento social. Os organizadores de grandes eventos e competições, por exemplo, precisaram se reinventar, tendo muitas vezes que recorrer ao mundo virtual para seguir promovendo suas atividades. No entanto, se a plataforma utilizada para administrar o evento na internet não for adequada, uma série de problemas podem atrapalhar seu desenvolvimento, comprometendo o engajamento do público. Para promover experiências de qualidade aos participantes e evitar que situações indesejadas aconteçam, estudantes da USP em São Carlos criaram uma startup voltada para o gerenciamento de eventos online

Batizada de “Kosmos”, a nova empresa oferece, por meio de softwares, diversas funcionalidades que incluem a realização de uma competição, como procedimentos para inscrição de participantes, formação de equipes, acompanhamento das atividades realizadas em tempo real, comunicação entre o staff e o público, divulgação de notas e avaliações de jurados, entre outras. Outro serviço que será oferecido pela startup, direcionado para eventos em geral, é a criação de ambientes personalizados em 3D capazes de simular virtualmente uma atividade, como se ela estivesse sendo realizada de forma presencial. Cenários com estandes para exposições e auditórios para a exibição de palestras e apresentações gravadas ou ao vivo são alguns exemplos do que pode ser projetado. Através de um tour virtual em 360º, a ideia é que os convidados tenham uma experiência sensorial, com total imersão ao evento, mesmo a distância. 

Kosmos oferecerá diversos tipos de serviços para a organização de competições online. Foto: Kosmos/Divulgação

A motivação dos estudantes em criar a startup surgiu quando eles participaram da organização da SancaThon 2020, maratona tecnológica promovida em conjunto pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e Cargill. A disputa desafiou os participantes a desenvolverem soluções para o mercado alimentício, que também tem sofrido o impacto da pandemia de COVID-19. Em três anos de competição, essa foi a primeira vez que o evento não foi realizado de forma presencial: “Desde o início percebemos que seria um grande desafio promover um hackathon totalmente online, pois, diferente de um evento presencial em que arrumamos algumas mesas, cadeiras e um grande salão para todos os participantes trabalharem, nós precisamos de plataformas capazes de hospedar toda a experiência da disputa”, conta Matheus Jacobsen, estudante do curso de Engenharia Elétrica da EESC e um dos fundadores da Kosmos. 

Após pesquisarem por ferramentas virtuais que pudessem gerenciar o evento, os jovens escolheram uma plataforma desenvolvida no exterior. No entanto, assim que a SancaThon teve início, algumas limitações do software selecionado atrapalharam o desenvolvimento da maratona: “A falta de centralização das informações foi, com certeza, nossa maior dificuldade em toda a competição. Com a necessidade de uma plataforma externa de comunicação, nossos colaboradores muitas vezes se sentiram perdidos com tantas informações e não conseguiam acompanhar nossos avisos, lembretes e discussões. Isso prejudicou consideravelmente a experiência de nossos participantes, mentores, jurados e parceiros”, explica Matheus.

Além disso, os organizadores tiveram problemas para receber os materiais desenvolvidos pelas equipes, fazendo com que adiassem em uma hora o prazo de entrega dos pitches pelos grupos. “Neste momento nos demos conta da grande oportunidade que estava na nossa frente e era preciso agarrá-la com toda força e determinação. Foi a partir desse cenário que surgiu a Kosmos, uma startup de tecnologia e eventos voltada para o treinamento, consultoria e otimização de desafios de inovação aberta, que incluem não só hackathons, mas ideathons, desafios de startups e muito mais”, conta Humberto Tello, sócio da empresa e aluno do curso de Sistemas de Informação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP. 

Ambientes em três dimensões permitirão ao participante se sentir dentro do evento. Foto: Kosmos/Divulgação

Campo promissor – Os idealizadores da Kosmos contam que o mercado de plataformas para gerenciar eventos é mais forte em países desenvolvidos, como Inglaterra e Estados Unidos. Já na América Latina, eles afirmam que esse tipo de produto está começando a ser notado agora, mas ainda não é algo comum. “As principais limitações que enxergamos nas plataformas existentes são o alto custo e descentralização dos processos, justamente os pontos onde moram nossos diferenciais. Nós queremos aproveitar esse momento do mercado brasileiro e atuar em duas frentes principais: a democratização do acesso a esse tipo de evento e sua promoção de forma cada vez mais rápida, fácil e intuitiva”, diz Matheus.

Estar antenado no mercado é fundamental para o sucesso de um negócio, ainda mais no caso da startup são-carlense, que atua em um segmento que se transforma muito rápido: “Por trabalharmos com tecnologia, estamos inseridos em um mercado extremamente dinâmico, no qual devemos estar sempre atentos às novidades que surgem a cada minuto. Por isso, precisamos pensar em como tornaremos nossa ideia atrativa tanto para nós como para nossos futuros clientes, com algo que tenha real potencial de mercado”, afirma Humberto.

Para construir e lapidar o modelo de negócio da Kosmos, os desenvolvedores estão contando com a mentoria de docentes da USP, por meio do Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCIn), que funciona como uma ponte de transferência de conhecimentos científicos e tecnológicos desenvolvidos nos laboratórios da Universidade para o mercado. “Essa orientação está sendo um grande aprendizado para toda nossa equipe. Poder contar com a experiência de docentes da EESC para nos aconselhar, nos deixa mais seguros e conscientes nas tomadas de decisão para a startup”, revela Matheus.

Criadores da Kosmos pretendem tornar a organização de eventos virtuais mais fácil com os novos softwares desenvolvidos. Foto: Kosmos/Divulgação

O primeiro passo para mostrar a ideia da empresa ao público foi dado no último dia 12 de agosto, quando os criadores a apresentaram no Food Tech Expo, exposição virtual de startups do setor alimentício de toda América Latina e que tem como objetivo conectar empresas que estão iniciando sua jornada com investidores e grandes corporações. Durante o evento, a Kosmos obteve mais de 500 acessos na plataforma, realizou quase 200 reuniões de negócios e superou 1.200 visualizações em seu site. “Nosso desejo é que a Kosmos ganhe presença em todo território nacional e se torne referência em tecnologia em eventos virtuais e na realização de desafios de inovação”, finalizam os sócios da startup

Além de Matheus Jacobsen e Humberto Tello, também são sócios da Kosmos: Rafael Abbud, estudante do curso de Engenharia Elétrica da EESC; Mateus Fernandes Doimo, aluno do curso de Engenharia de Computação da USP São Carlos, oferecido em conjunto por EESC e ICMC; e Luís Henrique Barros Benedicto, engenheiro de produção formado pela Uniseb.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Aparelho portátil ajuda a definir dose ideal de medicamento contra o câncer

Aparelho portátil ajuda a definir dose ideal de medicamento contra o câncer

Plataforma de baixo custo desenvolvida na USP trata previamente células doentes fora do corpo para mensurar quantidade indicada de medicação; procedimento pode reduzir custos do tratamento e efeitos colaterais ao paciente

Dispositivo eletrônico desenvolvido na USP pode reduzir custos de tratamentos contra o câncer. Foto: Henrique Fontes – SEL/USP

Um novo dispositivo portátil, sem fio e de baixo custo criado na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP poderá tornar o tratamento contra o câncer mais seguro e eficiente. O aparelho é capaz de identificar previamente qual a dose ideal de medicamentos que o paciente deve receber, evitando um consumo abaixo ou acima do desejado. Com a tecnologia, o objetivo é que os efeitos colaterais ao paciente sejam reduzidos e o tratamento não falhe por aplicação insuficiente de remédios. Os resultados do trabalho geraram um artigo que foi publicado na IEEE Sensors Journal, revista científica norte-americana. 

O equipamento foi desenvolvido para tratamentos que utilizam a Terapia Fotodinâmica (TFD) no combate ao câncer. Essa técnica, que atualmente já é empregada contra o câncer de pele, não é invasiva e destrói de forma seletiva as células cancerígenas com o auxílio da luz, que é aplicada na região do corpo afetada estimulando os fotossensibilizadores (medicamentos que são “ativados” por sinais luminosos, podendo ser consumidos via oral, intravenosa ou por meio de cremes). Para que a intervenção seja eficaz e segura, tanto a intensidade e o tempo de irradiação da luz como a dose do remédio devem ser estimados de forma precisa.  

Esquema ilustra como é aplicada a Terapia Fotodinâmica para tratar o câncer. Foto: Rodrigo Gounella

“Nossa plataforma realiza uma espécie de tratamento prévio de células cancerígenas coletadas de uma biópsia. Com isso, conseguimos determinar a dose e a concentração ideais dos fotossensibilizadores que devem ser aplicados posteriormente no paciente, o tempo necessário de exposição à luz, bem como a intensidade indicada da irradiação. Dessa forma, é possível reduzir os custos do tratamento, evitar desconfortos causados ​​pela terapia e impedir que células sadias sejam mortas, diminuindo os efeitos colaterais”, explica Rodrigo Gounella, autor da pesquisa e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC. 

Com custo aproximado de R$ 400,00, o aparelho da USP é composto por um sistema de iluminação com 16 leds controlados individualmente, um pequeno computador de alto desempenho com sistema de comunicação por bluetooth e wi-fi e um conjunto de baterias com autonomia de 54 horas. Para controlar o equipamento e facilitar a operação do usuário, foi desenvolvido um aplicativo que envia comandos em tempo real ao dispositivo durante a terapia como, por exemplo, aumentar ou diminuir a intensidade das luzes, que têm suas doses monitoradas pelo app enquanto o tratamento é realizado.  

Para testar a plataforma, os cientistas da EESC avaliaram sua eficácia contra uma linhagem de células humanas infectadas com câncer de estômago, que foram escolhidas porque um dos objetivos dos pesquisadores no futuro é desenvolver cápsulas endoscópicas ingeríveis com leds e sistema de comunicação embutidos que permitam realizar TFD diretamente no órgão. Para iniciar o experimento no dispositivo, porções de ácido aminolevulínico, um dos principais medicamentos utilizados em terapias fotodinâmicas, foram aplicadas sobre a amostra celular e, então, os leds foram acesos, dando início à terapia.

Aplicativo envia comandos ao aparelho enquanto as células cancerígenas são tratadas. Foto: Rodrigo Gounella

“Os dados obtidos mostraram que o aparelho foi capaz de determinar a quantidade ideal de medicamento e a dose de luz indicada para matar as células doentes, que foram destruídas após 49 minutos de tratamento”, conta João Paulo Pereira do Carmo, orientador do estudo e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC. Com base nesse tipo de informação preliminar, o médico responsável pelo paciente poderá definir a dose final de luz e medicamento necessárias de acordo com o estágio de desenvolvimento do câncer no organismo. 

Desafio global – De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018 foram registrados em todo mundo cerca de 18 milhões de casos de câncer, com 9,6 milhões de óbitos, sendo a segunda maior causa de morte do Planeta. No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o triênio 2020-2022 é de que em cada ano ocorrerão 625 mil novos casos da doença no País. O câncer de pele não melanoma será o mais incidente, com cerca de 177 mil registros, seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). 

Professor João Paulo (à esquerda) e Rodrigo escreveram um artigo científico sobre a nova plataforma desenvolvida. Foto: Henrique Fontes – SEL/USP

Segundo os pesquisadores da USP, a portabilidade do novo dispositivo, seu baixo custo e a grande autonomia oferecida são fatores que prometem facilitar a entrada do produto no mercado – a expectativa é de que equipamento esteja disponível para comercialização em até dois anos. Embora já existam alguns aparelhos semelhantes ao desenvolvido na EESC, todos eles apresentam desvantagens. Além de não serem portáteis, são mais caros, não conseguem regular a intensidade da luz nem controlar o experimento em tempo real. Além disso, a maioria dos equipamentos possui leds conectados em série, ou seja, se um deles falha, todos os outros também param de funcionar. 

Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo foi realizado em colaboração com pesquisadores do Centro de Pesquisa de Ótica e Fotônica (CePOF), sediado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. 

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP 

 

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Aluno da EESC é selecionado para programa global de jovens líderes

Aluno da EESC é selecionado para programa global de jovens líderes

Matheus está entre os 10 brasileiros selecionados em programa internacional para jovens líderes. Foto: Matheus Jacobsen/Arquivo pessoal

O estudante Matheus Jacobsen, do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, está entre os 10 brasileiros selecionados para participar do Cargill Global Scholars Program (CGSP), iniciativa internacional que capacita jovens com potencial de liderança no futuro. Por meio de seminários, orientações individuais, estudos de caso, eventos de networking e outras ações, o Programa visa desenvolver habilidades de pensamento crítico nos participantes, além de formar uma rede global de estudiosos e ajudá-los a ser a próxima geração de inovadores do mundo.

O jovem que está no terceiro ano de graduação na EESC conta que se interessou em participar do Programa principalmente pela oportunidade de receber mentorias e trocar experiências com grandes líderes mundiais: “Neste momento da nossa vida surgem mil e uma possibilidades, então as orientações que iremos receber servirão para nos auxiliar a fazer a escolha certa. Eu digo que nós somos a média das cinco pessoas com quem a gente mais convive, por isso que ter a chance de estreitar relações com profissionais que admiramos, que um dia queremos nos tornar, sem dúvida abre caminho para o sucesso”, conta o aluno. 

Embora tenha apenas 21 anos, o estudante já possui diversas experiências com liderança. Ele foi membro da diretoria da Secretaria Acadêmica da Engenharia Elétrica (SA-SEL) da EESC e presidente e diretor de relações externas da Semana de Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL), organizada em parceria por alunos da USP e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Atualmente é curador de apresentações culturais da TEDx USP São Carlos;  representante discente do Centro Avançado EESC para Apoio à Inovação (EESCin), onde teve a oportunidade de organizar a SancaThon 2020; e recentemente foi convidado para ser um dos responsáveis pela expansão no Brasil da Josh Talks, plataforma de mídia indiana voltada para atividades de impacto social. 

Cargill Global Scholars Program (CGSP) – Oferecido pela empresa Cargill, em parceria com o Instituto de Educação Internacional (IIE), o CGSP seleciona 10 estudantes de cada país habilitado a concorrer no Programa. São seis no total: Brasil, China, Índia, Rússia, Indonésia e Estados Unidos. 

Para participar, os candidatos devem possuir bom desempenho acadêmico, estudar em áreas de interesse da Cargill e enviar cartas de apresentação pessoal e recomendação. Se forem aprovados nessa etapa, os estudantes devem ainda passar por uma entrevista. Os selecionados recebem uma bolsa de estudos, tutoria mensal de carreira e participam de atividades nacionais e internacionais.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Curso online sobre projetos e instalação de painéis solares

Curso online sobre projetos e instalação de painéis solares

Especialistas da USP ensinarão como projetar e instalar painéis solares. Foto: Elmer Cari/Arquivo pessoal

O Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP receberá, entre os dias 3 e 28 de agosto, as inscrições para a 5ª edição do Curso Solar Fotovoltaico, iniciativa que ensina profissionais a desenvolverem projetos de painéis solares no computador e a instalar esses sistemas em diferentes ambientes. Nesta edição, o curso será realizado 100% online por meio de transmissões ao vivo. Os interessados podem se inscrever diretamente pelo site do curso.

O curso é dividido em dois módulos. O primeiro deles é o “Introdução a Sistemas Fotovoltaicos, Dimensionamento e Instalação”, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de setembro. Os participantes irão aprender sobre o dimensionamento básico do sistema fotovoltaico; a leitura de mapas solarimétricos, que mostram a incidência de radiação em diferentes países; os procedimentos de instalação dos painéis fotovoltaicos; a ligação do sistema no quadro de força; os passos para a configuração na central de monitoramento e até mesmo as etapas para solicitar conexão à concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica. Podem participar engenheiros, arquitetos, estudantes, técnicos, empreendedores e qualquer pessoa interessada em investir no ramo. O valor da inscrição é de R$ 500,00 à vista. Também pode ser paga em duas vezes de R$ 300,00 ou em três vezes de R$ 200,00.

Curso é destinado a profissionais de diversas áreas. Foto: Elmer Cari/Arquivo pessoal

Voltado a profissionais específicos do ramo de engenharia elétrica, o segundo módulo é o “Dimensionamento Avançado de Sistemas Fotovoltaicos Usando PVsyst”que ocorrerá no dia 12 de setembroNele, os interessados aprenderão a projetar sistemas fotovoltaicos em 3D com a utilização do software PVsyst (versão demo), que pode ser baixado neste link. No programa de computador, os participantes irão trabalhar sombreamento, projeção em telhados, lajes, estacionamentos, além de estudarem a viabilidade financeira do sistema proposto. Para participar desse módulo, o valor da inscrição é de R$ R$ 400,00 à vista, mas também pode ser paga em duas vezes de R$ 250,00 ou então em três vezes de R$ 166,70. É preciso que o aluno traga seu notebook com o software instalado, de preferência, a última versão. Uma semana após a realização do segundo módulo, haverá uma monitoria individual de 30 minutos para tirar dúvidas.

Cada curso conta com 100 vagas disponíveis. As aulas serão ministradas online no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL pelo professor Elmer Cari, do Departamento, pelo especialista Willy Zulke da EESC, bem como por monitores de graduação e pós-graduação. A programação dos cursos pode ser acessada no seguinte link. 

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Com informações do professor Elmer Cari

 

Mais informações
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL)
Celular: (16) 9 9363-4575 (ativo durante o período da pandemia)
E-mail: cursosolar@eesc.usp.br
Site do curso: www.sel.eesc.usp.br/cursosolar/

Controlar equipe de robôs poderá ficar mais seguro e barato

Controlar equipe de robôs poderá ficar mais seguro e barato

Drones autônomos podem ser utilizados na agricultura de precisão. Foto: Pixabay

Com o avanço da tecnologia, os robôs têm ganhado cada vez mais espaço na sociedade. Aplicações em segurança, transporte, agricultura, saúde e educação são algumas das frentes nas quais essas máquinas são capazes de atuar. No entanto, os desafios que elas enfrentam também se tornaram mais complexos com o passar dos anos, e um único robô não estava mais conseguindo atender a todo tipo de demanda. Isso movimentou o universo científico, fazendo com que os pesquisadores encontrassem meios para permitir que os robôs trabalhem em equipe (robótica cooperativa), buscando assegurar que as tarefas sejam cumpridas com sucesso.

Porém, para controlar e monitorar diversos robôs ao mesmo tempo, são necessários sistemas inteligentes e robustos que diminuam os riscos de ocorrerem falhas que possam gerar algum acidente. A questão é que, além de serem caros, esses sistemas também são suscetíveis a problemas de comunicação, já que carregam um elevado número de dados e informações, podendo ficar sobrecarregados.

Uma solução que promete contribuir para melhorar esse cenário é o algoritmo (sequência de comandos passada ao computador a fim de definir uma tarefa) desenvolvido por Kaio Rocha, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP. “Esse novo algoritmo exige menor poder computacional em relação a outras técnicas encontradas na literatura da área. Com isso, processadores mais simples podem ser utilizados, reduzindo o custo de implantação”, revela o cientista. 

Robôs formam “times” para desempenhar tarefas mais complexas. Foto: Piqsels

Kaio explica que outra vantagem do seu algoritmo é que ele poderá reduzir as chances da comunicação entre robôs ser interrompida em uma eventual tarefa em conjunto: “Comparado com outras técnicas, nosso algoritmo requer menos tráfego de dados na rede, evitando sobrecargas, o que diminui as chances de ocorrência de atrasos de transmissão e perda de dados, ou ainda, de interrupção do sistema”, explica o pesquisador, que integra o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na EESC.

A nova técnica computacional desenvolvida poderá ser eficaz, por exemplo, para controlar grupos de robôs que atuam no monitoramento de incêndios florestais; na comunicação entre  veículos autônomos no contexto das cidades inteligentes (smart cities), reduzindo os riscos de acidentes; no gerenciamento de drones que praticam tarefas relacionadas à agricultura de precisão ou à segurança, realizando possíveis escoltas nas cidades, entre outros cenários.

Para testar seu algoritmo, Kaio está preparando um experimento com drones para que eles rastreiem um alvo terrestre móvel, que deverá ser um veículo autônomo. Durante a atividade prática, o pesquisador irá aproveitar para aplicar seu método em uma outra funcionalidade, que é a de manter os drones em “formação” enquanto monitoram o objeto no solo. A ideia é que os veículos aéreos atuem como se fossem um “bando de aves”, com movimentos totalmente sincronizados. Além de drones, a USP São Carlos conta atualmente com dois carros e um caminhão autônomo disponíveis para o desenvolvimento de pesquisas.

Kaio desenvolveu um algoritmo que poderá baratear os sistemas de controles de robôs. Foto: Henrique Fontes/InSAC

Os resultados obtidos com o algoritmo de Kaio geraram o artigo científico Robust Distributed Consensus-Based Filtering for Uncertain Systems over Sensor Networks, que foi apresentado durante o congresso mundial da Federação Internacional de Controle Automático (IFAC), realizado entre os dias 11 e 17 de julho, de forma virtual. O artigo está concorrendo ao prêmio IFAC Young Author Award, destinado a estudantes de doutorado com menos de 30 anos de idade. 

Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Kaio é orientado pelo professor Marco Henrique Terra, coordenador do InSAC e docente do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC. A previsão é de que o aluno defenda seu doutorado no segundo semestre de 2021. 

Confira, abaixo, o vídeo da apresentação de Kaio no IFAC World Congress 2020.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do InSAC

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Assessoria de Comunicação do InSAC
Telefone: (16) 9 9727-2257
E-mail: comunica.insac@usp.br 

Plana, minúscula e ultrafina: cientistas da USP criam lente “impossível”

Plana, minúscula e ultrafina: cientistas da USP criam lente “impossível” 

Mil vezes mais fina que um fio de cabelo, tecnologia inédita poderá ser aplicada em câmeras de celular para torná-las mais baratas

Películas feitas de silício (círculos estampados na lâmina) funcionam como uma lente fotográfica. Foto: Henrique Fontes – SEL/USP

Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP desenvolveram uma película feita de silício que é mil vezes mais fina que um fio de cabelo e poderá funcionar como uma lente fotográfica, semelhante às de câmeras de smartphone. A tecnologia inédita permite que o usuário veja imagens em até 180 graus, mesmo ângulo proporcionado pelas famosas lentes olho-de-peixe. No meio científico, essa funcionalidade até então era considerada impossível de ser obtida em lentes totalmente planas, como a que foi construída pela EESC. Os resultados do trabalho geraram um artigo que foi publicado na ACS Photonics, revista científica norte-americana da área de Fotônica. 

A nova lente pesa aproximadamente dois microgramas, possui cerca de 230 nanômetros de espessura e tem uma área de 3,14 milímetros quadrados. Segundo os cientistas, a expectativa é de que o material ajude a enfrentar um dos principais desafios no desenvolvimento de dispositivos óticos: fabricar lentes cada vez mais poderosas, porém com tamanhos cada vez menores. “O maior benefício da nossa lente é que ela é muito fina, então promete ser mais barata de ser produzida se comparada às convencionais, que são grandes e esféricas. Como se trata de uma superfície plana, é mais fácil colocá-la em um circuito integrado, o que simplifica a parte mecânica do dispositivo”, explica Augusto Martins, autor do estudo e doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC. 

Lentes olho de peixe poderão ser substituídas no futuro por tecnologia criada pela EESC. Foto: Piqsels.

Além do pequeno tamanho, outra vantagem da película de silício é que ela poderá atuar sozinha dentro do celular, sem a necessidade de incorporar lentes complementares para obter imagens em alta resolução, como acontece nas câmeras comuns. Isso contribuirá para diminuir ainda mais o porte dos sistemas óticos e, consequentemente, dos dispositivos móveis. “Essa é a primeira lente do mundo formada por uma única camada capaz de gerar imagens que cubram todo o campo de visão”, afirma Emiliano R. Martins, um dos orientadores da pesquisa e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC.  

Mil vezes mais fina que um fio de cabelo, nova lente da USP gera imagens em até 180 graus. Foto: Henrique Fontes – SEL/USP

Durante a pesquisa, que foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Augusto construiu um protótipo de uma câmera com a ajuda de uma impressora 3D para testar a sua lente. Os resultados foram animadores. Imagens em alta resolução foram obtidas na cor verde, que por enquanto é a única na qual a película consegue operar. A ideia, segundo o pesquisador, é que nos próximos meses a lente seja aprimorada para que todas as cores possam ser visualizadas. 

Pesquisadores criaram um protótipo de câmera fotográfica para testar a película desenvolvida. Foto: Augusto Martins.

Para chegarem até a composição da nova lente, os cientistas adotaram como ponto de partida as próprias lentes tradicionais e trabalharam com um parâmetro chamado índice de refração, que mede o quanto a velocidade da luz diminui ao incidir sobre uma superfície – quanto maior for esse índice, menor é a velocidade de propagação da luz pelo material. Em simulações realizadas no computador, eles perceberam que, conforme ampliavam o índice de refração de uma lente esférica convencional e simultaneamente a deixavam mais plana, mais o campo de visão dela se abria e a qualidade da imagem melhorava. Em certo momento, quando ela ficou 100% plana, era preciso que seu índice de refração fosse infinito, o que, na prática, faria com que a luz não se propagasse por ela, algo impossível de acontecer. No entanto, como a película de silício desenvolvida pelos pesquisadores possui princípios físicos diferentes das lentes comuns, ela foi capaz de imitar o comportamento ótico da lente esférica com índice infinito, ou seja, passou a atuar como uma lente impossível. 

Imagem obtida com a lente criada pelos cientistas da USP. Foto: Augusto Martins.

De onde vem a tecnologia? – A lente desenvolvida pela USP é um tipo de metalente, que está inserida no conceito de metassuperfície – conjunto de nanoestruturas que conseguem controlar as propriedades da luz. Descoberta a poucos anos, essa tecnologia pode ser aplicada em uma série de segmentos além da produção de lentes, como em segurança da informação, na fabricação de componentes de informática e no entretenimento. No ano passado, por exemplo, Augusto participou do desenvolvimento de uma metassuperfície capaz de gerar hologramas em três dimensões e com mais qualidade. 

Ao contrário das lentes comuns, que precisam de uma espessura maior para gerar imagens com nitidez, as metalentes utilizam nanopostes microscópicos inseridos em sua superfície plana capazes de “prender” e focar a luz do ambiente, fazendo com que as imagens sejam projetadas. É como se elas fossem rodovias construídas para não deixar os carros (as luzes) saírem dela. Em 2016, pesquisadores da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, desenvolveram a primeira metalente do mundo capaz de tirar fotos, mas ela tinha uma limitação: seu campo de visão era de apenas 0,5 graus, ângulo que permite enxergar apenas o que está a sua frente. 

Metalentes são compostas de nanopostes capazes de “prender” e focar a luz do ambiente. Foto: Augusto Martins

Agora, além de expandirem a operação da metalente para outras cores, os cientistas da EESC esperam nas próximas etapas do estudo aumentarem a eficiência da película, melhorarem ainda mais sua resolução e aplicá-la em sistemas óticos mais complexos. Por enquanto, ainda não há previsão de quando a tecnologia deve chegar ao mercado. A pesquisa também teve a orientação do professor Ben-Hur Viana Borges, do SEL, e contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade de York, do Reino Unido, e da Universidade Sun Yat-sen, da China. 

Autor da pesquisa, Augusto realiza doutorado na EESC. Foto: Henrique Fontes – SEL/USP

 

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Tecnologias criadas em competição da USP podem ajudar restaurantes a superar pandemia

Tecnologias criadas em competição da USP podem ajudar restaurantes a superar pandemia

Em sua terceira edição, SancaThon registrou número recorde de participantes, e uniu empresas do setor de alimentação

Foto: SancaThon/Divulgação

Quase 500 participantes, distribuídos por 22 estados e 127 municípios, foram desafiados a desenvolver, em pouco mais de duas semanas, ideias e soluções para o mercado nacional de alimentação, que enfrenta grave crise devido à pandemia do novo coronavírus. Os projetos foram elaborados durante a 3ª edição da SancaThon, maratona tecnológica organizada pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e pela Cargill. Os melhores trabalhos foram anunciados na última quarta-feira (13), durante live realizada com a participação de grandes personalidades do setor de food service no Brasil. 

Ao longo da competição, que pela primeira vez foi promovida 100% online, jovens desenvolvedores, designers e profissionais dos ramos de marketing e negócios puderam criar novos produtos, serviços e tecnologias para o setor alimentício, considerando os novos comportamentos do consumidor. O grupo vencedor da SancaThon desenvolveu uma plataforma digital batizada de “FoodTrends”, que utiliza técnicas de mineração de dados e inteligência analítica para coletar e interpretar uma série de informações de aplicativos de delivery, como características operacionais e cardápios de restaurantes.

Foto: SancaThon/Divulgação

O objetivo é possibilitar que indústrias e distribuidores de alimentos tenham acesso ao potencial de consumo de determinada região, bem como à demanda por insumos e produtos, além das tendências de mercado em diversas localidades, facilitando a elaboração de estratégias pelos empresários. Segundo os idealizadores da plataforma, os dados atualmente disponíveis para esse propósito são superficiais e apresentam problemas de atualização. A estimativa é de que a nova tecnologia esteja em funcionamento em até quatro meses. A FoodTrends foi desenvolvida por: Júlio Vazquez Manfio e Gabriel Valbon Beleli, engenheiros de alimentos; Talles Viana Vargas e Vitor Galassi Luquezi, engenheiros eletricistas; e Caique Antonelli Maurano, analista de desenvolvimento de sistemas.    

Já o grupo que conquistou o segundo lugar na competição, pensou em uma alternativa para conectar pequenos comércios locais aos moradores de seus respectivos bairros. A “CoGift propõe que consumidores paguem antecipadamente certas quantias a restaurantes parceiros e ganhem créditos em suas compras. Em pesquisa realizada pela equipe com 93 pessoas, 72% delas se mostraram favoráveis a pagar de forma antecipada pelo menos R$ 100 em troca desse tipo de benefício. No site da CoGift é possível, por exemplo, ganhar R$ 200,00 em créditos pagando apenas R$ 180,00.

Foto: SancaThon/Divulgação

A startup, que já conta com seis estabelecimentos cadastrados em sua plataforma, registrou em poucos dias de funcionamento mais de 220 acessos na página da empresa e 12 intenções de compra, totalizando R$ 700,00. Com o novo negócio, os restaurantes poderão aumentar suas vendas e os clientes ampliar seu poder de compra, ajudando pequenos estabelecimentos a sobreviverem durante a crise. Integraram o grupo criador da “CoGift”: Camila Miki Kawamura, arquiteta e designer; Luísa Sheng Li Miaw, gerente de projetos; Luiz Felipe Dolabela Santos, engenheiro eletricista; Rafael D’alessandro Pires, facilitador em inovação e metodologias ágeis; Paulo de Godoy Mancini, redator publicitário; e Igor da Cunha Felix, estudante de administração. 

Foto: Cogift/Divulgação

A equipe que ficou com a terceira colocação na SancaThon criou uma solução para aproximar bares e restaurantes de produtores de hortifruti através de um aplicativo de compras coletivas chamado “HORT-E”. A ferramenta facilita o contato direto entre as pontas da cadeia do food service, já que muitas feiras livres estão fechadas durante a quarentena. Com a solução, a ideia é reduzir ou até eliminar custos com intermediários em todo o processo de logística, além de diminuir o tempo de transporte e armazenamento dos produtos, oferecendo alimentos mais frescos e baratos ao consumidor final. 

Foto: SancaThon/Divulgação

Para ingressar no sistema de compras, os estabelecimentos devem fazer um cadastro e informar suas demandas. Os produtores, por sua vez, exibem quais produtos são oferecidos, e podem optar por entrega própria ou solicitar um agente logístico HORT-E para realizar a operação. Os desenvolvedores esperam que em até dois meses o app já esteja disponível nas lojas virtuais. Integraram o grupo: Rafael Montanhez, head de customer success; o administrador Conrado Barreto, a engenheira de alimentos, Lorena Coimbra; Breno Queiroz, estudante de ciências da computação do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos; e Vinícius Baca, estudante do curso de Engenharia Mecânica da EESC. 

Foto: HORT-E/Divulgação

Os três primeiros colocados da SancaThon ganharam premiações em dinheiro, acesso a plataformas de inovação e ingressos para eventos de empreendedorismo. As equipes também tiveram a oportunidade de negociar diretamente com investidores a possibilidade de receberem apoio financeiro ou repasses de propriedade intelectual.

Patamar elevado – Realizada entre os dias 28 de abril e 13 de maio, a 3ª edição da SancaThon bateu recorde de participantes, com 495 inscritos de diversos locais do Brasil e do exterior, como Itália, Argentina e Portugal, divididos em 65 equipes. Ao longo da competição, os desafiados tiveram acesso a mentorias e sessões de conteúdo com especialistas do mercado de food service, que deram detalhes sobre o contexto e as atuais necessidades do setor. Durante a maratona, os participantes contaram ainda com a orientação de profissionais das diversas áreas da engenharia, negócios e programação, que os ajudaram a sanar dúvidas para acelerar o desenvolvimento das ideias. Ao todo, a SancaThon contou mais de 40 parceiros, 90 mentores e 23 jurados.

Foto: SancaThon/Divulgação

“Tivemos a oportunidade de ter inteligência coletiva trabalhando, e isso nos deixa muito orgulhosos. O que colhemos na competição é fruto de muita colaboração, e o impacto que isso pode ter no nosso segmento é maravilhoso. Essa hackathon mostrou como nós podemos ajudar o mercado a renovar ideias, pois vimos algumas propostas antigas sendo repensadas e novas soluções sendo modeladas. Tivemos a oportunidade de trazer pessoas que podem fazer a diferença em todo o processo”, afirma Simone Galante, fundadora Galunion. 

O CEO da Abraccio e Outback no Brasil, Pierre Berenstein, afirmou que a 3ª edição da SancaThon veio no momento certo para acelerar algumas ideias, ressaltando que as novas soluções digitais devem manter a proximidade com o consumidor: “Em todos os projetos foi possível absorver algo interessante, despertar um novo insight. Gostaria de agradecer a todos pela dedicação e generosidade em poder compartilhar com toda a cadeia de food service um novo olhar. Cada dia mais temos trabalhado com inovação aberta, que é uma maneira de estar mais próximo do consumidor. Afinal, não é porque estamos entrando em um processo de digitalização que iremos nos afastar dos consumidores, pelo contrário, temos que estar mais presentes, entender as dores das pessoas, essa nova jornada de consumo, para que possamos criar a elas momentos memoráveis”. 

Foto: SancaThon/Divulgação

Estreante em uma competição “estilo” Hackathon, o CEO da BIDFOOD no Brasil, Antonio Celso Avelino, elogiou o formato da iniciativa e afirmou que as ideias desenvolvidas durante a competição surgem em um momento oportuno para o setor de distribuição, do qual ele faz parte: “Achei bastante interessante o modelo do evento, formando alunos para o food service, ainda mais no nosso segmento de atuação, que muitas vezes não é tão destacado. Fico muito feliz em ver pessoas jovens, empolgadas em ajudar o mercado e com ideias inovadoras. É disso que estávamos precisando, nos consolidar cada vez mais”. 

A união fez a força – EESC e Cargill conseguiram fazer com que dezenas de instituições do food service se unissem para a realização do evento. Segundo o professor Daniel Magalhães, diretor do Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), essa rede colaborativa foi um dos destaques da competição, fazendo até com que empresas concorrentes passassem a atuar de forma cooperativa: “A união, cumplicidade e o desejo de contribuir por parte das empresas foram fenomenais. Elas puderam dar tons de mercado e realidade que ajudaram os participantes a criarem soluções de grande impacto”. 

Foto: SancaThon/Divulgação

O docente também ressaltou que o sucesso da 3ª edição da SancaThon teve relação direta com o tema proposto, além do fato dela ter sido realizada 100% online: “Acho que nos reinventamos em termos de competição, pois o formato diferente devido ao período de quarentena, na verdade, possibilitou a expansão do evento. Outro ponto foi o tipo de desafio, que apesar de estar delineado antes da pandemia, acabou sendo aplicado em um dos setores que mais tem sofrido e que precisa de ajuda e soluções imediatas. Prova de sucesso foi o de termos um acerto de negócio durante a live de premiação entre jurado e o grupo vencedor”, revela. 

Líder de food service da Cargill, Thiago Theodoro reiterou que a união durante o evento foi determinante para os bons resultados alcançados. “Parabenizo a USP por ter conseguido conectar esses parceiros, por ter unido a jovialidade de um estudante, às vezes de primeiro semestre, com profissionais que têm mais de 20 anos de mercado. Foi um movimento que ultrapassou as barreiras da competitividade e da concorrência”, afirma. Ele aproveitou, ainda, para elogiar a atuação dos alunos da EESC que ajudaram a organizar a iniciativa: “O time de jovens estudantes da USP que colaboraram com o evento é de ouro, chega até a arrepiar a energia que eles colocaram na realização da maratona. Espero que levem essa paixão e desejo ao mercado profissional, pois vou estar de braços abertos esperando profissionais como eles”. 

Foto: SancaThon/Divulgação

Sobre a competição – A SancaThon é uma maratona de desenvolvimento de tecnologia criada em 2018 pela EESC que fomenta a cultura empreendedora e desperta o desejo dos participantes de desenvolverem projetos inovadores através de uma proposta direcionada, oferecendo mentores e treinamentos para auxiliá-los na elaboração de protótipos e modelos de negócios viáveis. A iniciativa em 2020 foi realizada em conjunto pelo Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), Cargill, Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC) e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). 

A SancaThon 2020 contou com a colaboração dos parceiros: ABIA, Abraccio, Abrasel, Almoço Grátis, Alura, Arcofoods, Aryzta, Bares SP, Bidfood, Billy The Grill, BRF Hub, Delivery do Bem, FCSI, Fispal Food Service, Food Consulting, Food Finder, FoodTechHubBr, Galunion, Grupo Alento, GS&Libbra, IBM, IFB, Liga Ventures, Mintel, Outback, SEBRAE, Startups Network, Turn The Table, Vizinhando, Weme, Zygo, ABAS, Kerry, Rhizom, FIPAN, OrtenziAvila Advogados, Padacon, Endeavor, Coca-cola e Coca-cola FEMSA Brasil.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP

 

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Cientista da EESC é homenageado pela Câmara Municipal de Araraquara

Cientista da EESC é homenageado pela Câmara Municipal de Araraquara

Doutorando da EESC, João Paulo foi homenageado pela Câmara Municipal de Araraquara. Foto: Henrique Fontes/SEL

O pesquisador João Paulo de Campos da Costa, doutorando da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, foi homenageado pela Câmara Municipal de Araraquara em reconhecimento às suas contribuições para o desenvolvimento científico e tecnológico. Recentemente, o cientista foi convidado pela Universidade Harvard, dos EUA, para um intercâmbio de um ano em um projeto de pesquisa que envolve a realização de ensaios eletroquímicos, fabricação de sensores e integração de novas plataformas de diagnóstico.

Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade de Araraquara, sua cidade natal, Costa teve seu primeiro contato com a ciência em 2012, durante iniciação científica realizada com a professora Maria Aparecida Zaghete, do Instituto de Química (IQ) da Unesp. Após concluir a graduação, o jovem ingressou no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da EESC, no qual realizou seu mestrado e atualmente desenvolve sua pesquisa de doutorado, sob orientação do professor João Paulo do Carmo, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL), que também foi homenageado pela Câmara Municipal de Araraquara, juntamente com outros cientistas. 

Durante seu trabalho de mestrado, Costa criou um dispositivo eletrônico para diagnóstico da hepatite C. O aparelho é mais rápido, preciso e barato que os disponíveis no mercado, sendo capaz de revelar, em até 10 minutos, se um paciente está infectado com a doença. O estudo, que foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), contou com a colaboração de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR) da Unesp, em Araraquara (SP), e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF). 

Em 2016, o doutorando da EESC já havia participado de outra pesquisa da área de nanotecnologia aplicada à saúde. Naquela ocasião, o objetivo era desenvolver um biossensor para detecção precoce de hepatite C e câncer de ovário.

Texto: Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Com informações da Assessoria de gabinete do vereador Jéferson Yashuda

 

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COVID-19: competição busca soluções para ajudar bares e restaurantes

COVID-19: competição da USP busca soluções para ajudar bares e restaurantes 

Clientes estão proibidos de consumirem no interior de bares e restaurantes durante a pandemia de COVID-19. Foto: Pexels

Em meio à pandemia de COVID-19, um dos setores mais impactados pela necessidade de isolamento social é o de food service, responsável por todo tipo de alimentação fora do lar. Investir na ampliação dos serviços de delivery tem sido uma alternativa imediata adotada por muitos estabelecimentos, mas será que tal medida é suficiente para evitar futuros prejuízos e demissões? Passada a crise gerada pelo novo coronavírus, qual será a melhor estratégia para reerguer e acelerar a recuperação dos empreendimentos afetados?

Para auxiliar pequenas e médias empresas do ramo a enfrentarem esses e outros desafios, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e a Cargill realizam, entre os dias 25 de abril e 11 de maio, a 3ª edição da maratona tecnológica SancaThon que, neste ano, desafiará os participantes a desenvolverem, em uma semana, modelos de negócios, produtos, serviços e tecnologias para o food service, considerando os novos comportamentos do consumidor. Realizada anualmente de forma presencial, em 2020 a SancaThon será promovida 100% online e oferecerá mais de 300 vagas. 

Participantes terão uma semana para desenvolver modelos de negócios, produtos, serviços e tecnologias para o food service. Foto: Divulgação/SancaThon

Antes do início da competição, os participantes terão acesso a sessões de conteúdo com diversos especialistas sobre o contexto e necessidades do atual cenário, apontando as principais demandas e dificuldades dos empresários do setor. Durante a maratona, os desafiados contarão ainda com a orientação de mentores das diversas áreas da engenharia, negócios e programação, que os ajudarão a sanar dúvidas para acelerar o desenvolvimento das ideias. A competição é aberta para a participação de jovens desenvolvedores, designers, além de profissionais do ramos de marketing e negócios, que poderão disputá-la em grupos de quatro a seis pessoas, desde que a equipe possua pelo menos um membro com cada habilidade exigida. Gratuitas, as inscrições devem ser feitas até o dia 24 de abril, diretamente pelo site do evento, onde também é possível conferir a programação e o regulamento completo da iniciativa.

Após o término da primeira semana do desafio, as equipes deverão gravar um pitch de cinco minutos para demonstrar a solução criada à banca avaliadora. Entre os critérios adotados para análise dos jurados estão: apresentação; criação de protótipo e sua funcionalidade; diferencial tecnológico; aplicabilidade; criatividade; diferencial de mercado; e continuidade do projeto. Na segunda etapa da competição, que também terá duração de uma semana, até 20 equipes serão selecionadas para receberem R$1.000,00 para aperfeiçoarem suas ideias. 

Ao final do evento, o grupo vencedor receberá um prêmio de R$2.500,00, além de três meses de acesso gratuito à plataforma Alura. Já os vice-campeões, serão agraciados com a quantia de R$1.500,00, enquanto o terceiro colocado será premiado com R$1.000,00. Os três melhores grupos ainda terão a possibilidade de receber apoio financeiro por parte de investidores ou negociar o repasse de propriedade intelectual. Outros prêmios ainda poderão ser anunciados durante a competição. Acompanhe todas as novidades na página do evento no Facebook. 

O grupo vencedor da SancaThon receberá um prêmio de R$2.500,00, além de três meses de acesso gratuito à plataforma Alura. Foto: Divulgação /SancaThon

Cenário preocupante – Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor conta atualmente no Brasil com cerca de 6 milhões de trabalhadores. Desses, ao menos 350 mil deverão perder seus empregos durante a crise de COVID-19, mesmo após a assinatura da Medida Provisória nº 936, no último dia 1º de abril, que instituiu uma série de ações para combater as demissões em massa pelo País. 

“O mercado de food service tem sofrido um duro impacto em função da COVID-19, fazendo com que empresas de pequeno e médio portes ligadas ao setor careçam de soluções criativas para sobreviverem e se recuperarem nos períodos durante e pós-crise. A escolha desse tema para a Sancathon 2020 exalta a preocupação e o engajamento da USP e das empresas colaboradoras do evento em superar os problemas sociais e econômicos agravados pela pandemia”, afirma José Carlos de Melo, professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC e um dos colaboradores da iniciativa.

Para o diretor geral da Cargill Foods para América do Sul, Augusto Lemos, a SancaThon será uma oportunidade de estimular a criação de soluções para combater a crise pela qual o setor está passando: “Estamos vivenciando um momento de incertezas, onde teremos que buscar novas alternativas para antigos hábitos e negócios. Para auxiliar pequenas e médias empresas do ramo a enfrentarem esses e outros desafios, junto com a principal universidade do país, queremos trazer ideias e inovação para pensarmos sobre as tendências para o food service”. 

Além da questão do desemprego, outra equação que ainda carece de respostas é sobre uma eventual reformulação do modelo de trabalho de alguns estabelecimentos. De acordo com pesquisa divulgada em 2017 pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), seis em cada 10 restaurantes de pequeno porte no Brasil adotam o sistema de atendimento self-service, prática que está proibida por tempo indeterminado. 

A cada dez restaurantes de pequeno porte no Brasil, seis trabalham com o sistema self-service. Foto: Pexels

“O efeito da pandemia na emoção, valores e comportamento dos indivíduos está gerando uma ambiguidade ímpar, subvertendo desejos e prioridades dos clientes e, consequentemente, afetando estratégias em curso de diversas empresas. A pandemia acelerou a era da digitalização, pois, em poucos dias de isolamento social, floresceram uma série de negócios digitais e observamos empresas gigantescas se reinventando para aderir ao mundo virtual em prazos nunca vistos. A crise do coronavírus está antecipando uma nova arena de negócios, que aos olhos do empreendedor significa oportunidade”, explica Daniel Amaral, professor do Departamento de Engenharia de Produção da EESC e um dos organizadores da SancaThon.

Sobre a competição – A SancaThon é uma maratona de desenvolvimento de tecnologia criada em 2018 pela EESC que fomenta a cultura empreendedora e desperta o desejo dos participantes de desenvolverem projetos inovadores através de uma proposta direcionada, oferecendo mentores e treinamentos para auxiliá-los na elaboração de protótipos e modelos de negócios viáveis. A iniciativa em 2020 é realizada em conjunto pelo Centro Avançado EESC para apoio à Inovação (EESCIn), Cargill, Núcleo de Empreendedorismo da USP São Carlos (NEU-SC) e pela Semana da Integração da Engenharia Elétrica (SIEEL). 

Realizada anualmente de forma presencial, em 2020 a SancaThon será promovida 100% online e oferecerá até 300 vagas. Foto: Henrique Fontes/SEL

“A Engenharia é a arte de identificar problemas, e propor e desenvolver soluções para a preservação e melhoria da qualidade de vida da sociedade. A crise, como a pandemia que vivenciamos, exige, subitamente, novas soluções para problemas desconhecidos. Esse é o momento em que a criatividade humana leva a novas descobertas, inventos e estratégias, a partir do desafio, da aflição e da esperança. A Hackathon proposta, certamente, apresentará novas soluções de interesse imediato” afirma Edson Cezar Wendland, diretor da EESC.

A SancaThon 2020 será realizada em conjunto com parceiros de toda a cadeia do Food Service, como BRF (pelo BRF Hub), Outback, Turn the Table,  Abia, Abrasel, Grupo Alento, Arco Foods, Irmãos Avelino, Galunion, GS&Libbra, FCSI, Mintel, Fispal Food Service, Delivery do Bem, Zygo Tecnologia, Liga Ventures, Weme e Foodtech Hub.

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL/USP
Com informações da Assessoria de Comunicação da Cargill

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