Professor do SEL recebe reconhecimento do conselho editorial de periódico internacional do IEEE

O professor José Carlos Melo Vieira Júnior, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, foi escolhido como um dos três melhores editores associados do ano de 2023 pelo Conselho Editorial do prestigiado periódico internacional IEEE Transactions on Smart Grid (TSG), da IEEE Power & Energy Society (PES).

Em comunicado recebido por Vieira Júnior no dia 30 de dezembro passado, o editor-chefe do periódico, Claudio Cañizares, explicou o motivo do reconhecimento: “Você foi escolhido para este reconhecimento especial, entre muitos altamente talentosos especialistas que compõem o Conselho Editorial do TSG, devido à sua excepcional confiabilidade, pontualidade, feedback especializado e atenção aos detalhes como editor associado, e por se esforçar para fornecer boas contribuições úteis para os autores do TSG”.

Os detalhes do processo de reconhecimento do professor do SEL/EESC-USP podem ser encontrados neste site. “Estou ansioso para continuar trabalhando com você e muito obrigado por suas excelentes contribuições para o TSG, que estão ajudando a tornar a revista o veículo de publicação excepcional e de renome mundial que é agora. Parabéns e obrigado!”, agradeceu e elogiou Cañizares.

Para Vieira Júnior, a escolha representa “um marco importante na minha carreira profissional, pois valoriza o trabalho que venho desenvolvendo como editor associado, além de demonstrar meu engajamento junto à comunidade científica internacional para a publicação de artigos científicos de alto nível. Fiquei muito honrado com esse reconhecimento e espero que, de alguma forma, isso possa motivar mais pesquisadores brasileiros a se juntarem aos corpos editoriais de periódicos nacionais e internacionais”.

Evaluation of Current Transformers Impacts on Harmonics Caused by High Impedance Faults foi premiado como o melhor artigo da Track 3: Innovative Technologies and Processes durante o Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT-LA 2023), realizado entre os dias 6 e 9 de novembro, em San Juan, Porto Rico.

Evaluation of Current Transformers Impacts on Harmonics Caused by High Impedance Faults foi premiado como o melhor artigo da Track 3: Innovative Technologies and Processes durante o Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT-LA 2023), realizado entre os dias 6 e 9 de novembro, em San Juan, Porto Rico.
O trabalho é de autoria do mestrando Maurício Pavani da Silva e da doutoranda Gabriela Nunes Lopes, ambos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, sob orientação do professor José Carlos de Melo Vieira Júnior, do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP.

A edição de 2023 do ISGT-LA, patrocinada pela @ieee.pes, teve como tema “Recuperação de desastres e transformação da rede em tempos de mudanças climáticas”. O evento contou com a participação de mais de 100 trabalhos de toda a América Latina e de outras partes do mundo. Alinhado com o tema proposto, o ISGT-LA também buscou promover várias sessões de debates a respeito de assuntos como a transição energética, smart grids, mudanças climáticas e fontes alternativas de energia.

Em relação ao artigo premiado, o trabalho avalia os potenciais impactos que transformadores de corrente podem imprimir nas formas de onda da corrente durante a ocorrência de faltas de alta impedância e de que maneira esses impactos poderiam dificultar o desempenho dos métodos de detecção baseados nessas correntes. Um dos principais objetivos do artigo foi proporcionar uma análise exploratória desses eventos de maneira a contribuir com o desenvolvimento de ferramentas de detecção mais robustas e confiáveis.

Equipe brasileira é finalista em competição internacional de monitoramento da biodiversidade por drones e robôs

Uma equipe brasileira com cerca de 50 profissionais, entre eles oito alunos de pós-graduação e pós-doutorado da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da USP, está classificada para a grande final do XPrize Rainforest, competição internacional com foco em tecnologias inovadoras para monitoramento, catalogação e conservação da biodiversidade das florestas tropicais do planeta.

Os alunos da EESC e do ICMC compõem a equipe de robótica do time brasileiro – o Brazilian Team – que conta também com ecólogos, botânicos, taxonomistas, engenheiros ambientais e especialistas em bioinformática e em DNA ambiental no desenvolvimento de soluções que atendam a proposta da competição.

“Buscamos criar novas tecnologias para identificar a biodiversidade das florestas tropicais em todo o mundo. Para isso, desenvolvemos drones capazes de coletar galhos no topo de árvores, além de robôs móveis para coletar serapilheira, ou seja, matéria orgânica de origem vegetal e animal que se acumula sobre o solo, para serem analisadas através de DNA ambiental. Sensores para monitoramento de dossel, instalados por drones, também fazem parte das inovações que temos desenvolvido e que puderam ser destacadas ao longo da competição”, explica Marco Henrique Terra, professor da EESC e coordenador do grupo de robótica do desafio da XPrize.

Além dos drones, o projeto dos competidores brasileiros integra conhecimentos e ferramentas já existentes, como dispositivos de bioacústica e sequenciadores portáteis de DNA, utilizando inteligência artificial e outras técnicas para desenvolver tecnologias e um protocolo que garantam rapidez e replicabilidade aos estudos sobre a biodiversidade das florestas tropicais. A proposta é que essas tecnologias e protocolo, baseados em metodologia científica e que possibilitam comparações entre diferentes ambientes, sejam de alta precisão, de baixo custo e de fácil utilização por não especialistas, de modo que as pessoas identifiquem plantas e animais de forma rápida e precisa.

Além dos alunos da EESC e do ICMC, integram o Brazilian Team, com apoio da Fealq/USP, cientistas e técnicos científicos da UNESP, Unicamp, UFSCar, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, UNITAU, Pl@ntNet (Cirad, Inria), CNRS, ENS, Pinheiro Neto Advogados, SIMA, RBMA e umgrauemeio, assim como especialistas da França, Colômbia, Espanha, Portugal, EUA e Bélgica.

Para o professor Terra (coordenador do grupo de robótica do desafio da Xprize), , o avanço da equipe brasileira já representa uma importante vitrine para o segmento. “A EESC e pesquisadores do ICMC, liderados pela professora Roseli Francelin Romero, estão fornecendo os conhecimentos necessários em robótica para a nossa equipe, Brazilian Team. Participaremos de um evento na Índia, Nova Delhi, chamado Impact-G20X, que reunirá cerca de quarenta startups do mundo todo para troca de experiências, inclusive com agentes financiadores de startups de vários países. Trata-se de um evento paralelo ao encontro do G20, e as equipes finalistas do XPrize Rainforest Challenge têm sido consideradas startups com bom potencial para gerar inovação, o que nos joga um importante holofote nesse tema”.

Mais sobre a XPrize

A competição teve início em 2019 com 800 equipes de todo o mundo, até chegar, atualmente, às seis equipes finalistas. Além do Brazilian Team, há três equipes dos Estados Unidos, uma da Suíça e uma da Espanha.

Na final, a ser realizada em 2024, cada equipe terá que explorar uma floresta tropical a ser escolhida ao redor do mundo durante 24h, apenas com robôs móveis e drones. A equipe que conseguir catalogar a maior biodiversidade contida em 100 hectares de floresta tropical em 24 horas e fornecer as ideias mais impactantes em 48 horas leva um prêmio de US$ 5 milhões. A segunda colocada receberá US$ 2 milhões e a terceira ganhará US$ 500 mil.

Enquanto a final não chega, os seis finalistas dividem um prêmio de 2 milhões de dólares (cerca de 330 mil dólares para cada), para dar sequência ao desenvolvimento de seus projetos.

De acordo com a organização da competição, o objetivo maior não é o uso da tecnologia para uma espécie de inventário da fauna e da flora, mas fazer com que essa documentação da biodiversidade seja interpretada e seus benefícios sejam comunicados e entendidos por todo o mundo.