20 anos construindo sonhos e carreiras

20 anos construindo sonhos e carreiras

Curso de doutorado do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da EESC se consolidou e contribuiu para que o Programa se tornasse um dos mais importantes do país.

O professor Luis Fernando Costa Alberto recebe homenagem pela primeira tese de doutorado defendida no Programa de Engenharia Elétrica da EESC.

 “Ao longo desses 20 anos o doutorado em engenharia elétrica se tornou referência, tanto pelo alto nível de produção científica, quanto pelo sucesso de nossos ex-alunos que estão bem colocados no mercado”. O depoimento é do professor Luis Fernando Alberto, coordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC-USP). Ele é o autor da primeira tese de doutorado defendida na história do Programa, em 1997, e foi um dos homenageados durante o evento que comemorou os 20 anos do curso, realizado na última segunda-feira, 7 de agosto.

O professor Geraldo R.M. da Costa foi homenageado pela criação do curso e das diretrizes para sua consolidação.

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Marisa Fortulan, secretária do Programa desde 2001, também é homenageada.

A confraternização, que ocorreu no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL) da EESC, começou com homenagens.  Além de Luis Fernando, também foram lembrados a funcionária Marisa Fortulan, secretária do Programa desde 2001, e o ex-coordenador do Programa Professor Geraldo R.M. da Costa, que foi um dos criadores do curso e das diretrizes para sua consolidação.  “O Departamento vem numa crescente muito grande nas últimas décadas e isso é fruto do trabalho dos professores e de uma comunidade interessada em fazer acontecer. Pouco a pouco conseguimos o destaque na sociedade acadêmica” ressalta o professor Denis Coury, que é chefe do SEL.

No período da manhã, ainda houve espaço para duas palestras com importantes convidados. O primeiro deles foi o professor Carlos Carlotti Júnior, Pró-reitor de Pós-graduação da USP. Ele conversou com os participantes sobre as possíveis mudanças pelas quais a pós-graduação da Universidade deve passar: “Estamos tentando implantar a ideia de começar a avaliar os trabalhos dos pesquisadores pela qualidade e não pela quantidade. Acredito que, em breve, poderemos perguntar o que o cientista fez de bom no ano anterior ao invés de questionar quantos trabalhos ele publicou”, explica.

Brito Cruz defende o investimento em ciência e tecnologia para melhorar a economia do país

Quem também esteve presente no evento foi o professor Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Ele apresentou uma palestra sobre o atual cenário de ciência e tecnologia no Estado e fez uma comparação interessante com os Estados Unidos.

Brito Cruz selecionou as 20 universidades norte-americanas que mais receberam financiamentos de empresas em suas pesquisas no ano de 2014 e comparou os números com as três principais universidades paulistas: USP, Unesp e Unicamp. O número de investimentos feitos por empresas nas universidades brasileiras, nesse mesmo período, seria suficiente para colocá-las dentro da lista americana, provando que, nesse aspecto, as instituições nacionais citadas conseguem ser competitivas com as do exterior.

O professor comentou ainda sobre a crise econômica pela qual passa o Brasil e fez um alerta que vai de encontro aos recentes cortes feitos em ciência e tecnologia: “Os investimentos que um governo faz nessas áreas é o que faz a economia do país crescer. Isso é sempre necessário, com ou sem crise”, afirma.

Mesa de debates discutiu sobre o futuro da pós-graduação no Brasil

O futuro da pós-graduação – Na parte da tarde, a programação ficou por conta de duas mesas de debates no Anfiteatro Armando Toshio Natsume do SEL, onde o evento aconteceu. Uma delas tratou sobre o que se espera da pós-graduação daqui em diante, na qual participaram o professor José Roberto Piqueira, diretor da Escola Politécnica (Poli) da USP, Eduardo Cleto Pires, coordenador das Engenharias I na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Murilo Romero, coordenador das Engenharias IV na CAPES e professor Luís Fernando, que também é presidente da Comissão de Pós-Graduação da EESC.

“Acredito que o maior desafio da pós-graduação no futuro é consolidar a interdisciplinaridade entre as áreas. Nós entendemos que não é mais viável termos o foco apenas em uma única frente de pesquisa, como uma engenharia elétrica pura, por exemplo, temos que trabalhar juntos. Com esse cenário, creio que vamos avançar bastante”, explica Cleto Pires.

A segunda mesa discutiu sobre novas metodologias de ensino e interdisciplinaridade

A segunda mesa de debates colocou em pauta as novas metodologias e possibilidades de integração entre graduação e pós. Participaram do bate papo o professor Glaucius Oliva do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), o professor Sergio Proença, coordenador de diretrizes curriculares da EESC, a professora do SEL Vilma Alves de Oliveira e o professor Daniel Amaral, presidente da Comissão de Graduação da EESC que destacou a importância de estimular os jovens graduandos a trilharem a carreira acadêmica.

Ele conta que os estudantes da EESC são incentivados a mergulhar nesse universo da pesquisa por meio de diversas iniciativas. Além de terem a oportunidade de desenvolver iniciação científica, eles podem cursar disciplinas em conjunto com alunos da pós-graduação. Ainda existe o Programa de Assistência ao Ensino (PAE) que visa aprimorar a formação do pós-graduando fazendo com que eles ajudem os professores a ministrar as aulas para os jovens da graduação, fortalecendo, assim, a integração entre essas duas turmas.

“A sociedade do futuro é a do conhecimento e as empresas de hoje estão valorizando bastante a pós-graduação, é um movimento que está quebrando paradigmas”, explica. O paradigma que está sendo transformado, segundo o docente, é o que figurava até ano passado quando os engenheiros que decidiam fazer pós-gradução eram vistos pelos empregadores como profissionais que não conseguiram entrar no mercado ou então como especialistas muito “teóricos”. No entando, Daniel conta que esse pensamento mudou e os empresários já reconhecem a importância de se qualificar e trabalhar com inovação. “Nós temos muitos alunos que querem empreender”, finaliza o professor.

Anfiteatro do SEL ficou lotado durante o evento

O programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da EESC possui o nível mais elevado de conceito da CAPES, recebendo nota 7. Ao longo de sua trajetória, formou mais de 250 doutores, que publicaram centenas de trabalhos em veículos de grande impacto científico.

Veja a programação do evento

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Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do SEL
Fotos: Marília Ruberti – Assessoria de Comunicação do SEL

Mais Informações
Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL)
Telefone: (16) 3373-9365
E-mail: departamento.eletrica@eesc.usp.br